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Polícia
27/04/2018 09:28:00

Mãe de jovem desaparecido afirma ter reconhecido ossada do filho no IML de Maceió


Mãe de jovem desaparecido afirma ter reconhecido ossada do filho no IML de Maceió

A mãe de Alberto Luiz Monteiro Xavier Lins, um jovem de 18 anos que desapareceu no dia 20 de março, afirma ter reconhecido a ossada do filho nesta quinta-feira (26), no Instituto Médico Legal (IML), e que foi informada que os restos mortais estão lá desde o dia 26 de março, seis dias após o desaparecimento do rapaz. Ela passou a informação com exclusividade para a produção da TV Gazeta.

A família afirma que desde que o rapaz desapareceu tem ido constantemente ao IML, mas durante todo esse tempo, nem a polícia e nem o instituto informaram sobre essa ossada que teria sido localizada em Marechal Deodoro.

Na esperança de encontrar o corpo do filho, Liliane relatou ter ido ao IML na terça (24), mas não pôde ter acesso por conta da paralisação dos peritos e médicos legistas que durou 48h. Ela retornou hoje no instituto, quando finalmente conseguiu ver os corpos.

“Vi na televisão que os familiares de pessoas desaparecidas deveriam comparecer lá porque novos corpos tinham chegado. Hoje, eu consegui entrar e quando entrei, a moça foi verificar as fotos e quando vi era a foto e as roupas dele, mas estavam só os ossos. Eu consegui reconhecer pelas roupas que ele usava”, contou.

Quando questionada se a polícia havia entrado em contato com a família, Liliane salientou que ninguém responsável pelo caso os procurou para dar as informações.

“As únicas informações que tive foi de que ele foi achado em Marechal Deodoro, sem sequer especificar o local exato. Suponho que tenha sido pela polícia”, justificou.

Após a ida ao IML, Liliane relatou que ligou para a delegacia avisando que tinha encontrado o corpo do filho.

“Eu mesma liguei e achei sozinha, por estar indo constantemente ao IML. Agora tem o atraso para liberar o sepultamento, e ainda tem o exame de arcada dentária que mandaram nós fazermos para comprovar se é ele. Demora muito, e eu preciso de uma autorização. Mas eu conheço meu filho, é ele”, ressaltou.

A delegada responsável pelo caso, Teresa Ramos, já transferiu o inquérito do caso para a delegacia de Marechal Deodoro.

O advogado da família já esteve no IML para solicitar a realização do exame. A assessoria de comunicação do Instituto não confirma a informação, mas disse que uma ossada de fato foi encontrada por militares da 5ª Companhia (5ª CIA) no dia 26 de março, no Trevo do Polo, na BR-424 em Marechal Deodoro. Ainda segundo a assessiria do IML, junto aos ossos, não havia nada que pudesse ajudar na identificação, pois a única peça de roupa era um calção cinza.

IML não confirma
O IML informou que é pouco provável que a ossada seja de Alberto Xavier, devido ao fato de o rapaz ter sumido no dia 20 e a ossada ter sido encontrada apenas seis dias depois, porque seria pouco tempo para que o corpo estivesse em alto estado de decomposição como foi o caso da ossada encontrada.

O Instituto recomendou que se a mãe do rapaz acredita mesmo na possibilidade de ser o corpo do filho, ela precisa levar algum documento odontológico do rapaz para que seja possível o reconhecimento pela arcada dentária. O resultado sai em 24 horas. Mas se por acaso a mãe não apresentar a documentação, ela precisa procurar o delegado responsável pelo caso para que ele solicite o exame de DNA. Nesse caso, a confirmação deve demorar, por causa da alta demanda do laboratório forense.

Desaparecido há um mês
À época do sumiço, Liliane Lins disse que assistiu as gravações das câmeras de vigilância do percurso que o filho fez até sua casa e, segundo ela, pelas imagens o jovem foi abordado por policiais militares no meio do caminho.

“Eu vi meu filho passando e depois de um tempo aparecem algumas viaturas da PM, vindo da mesma direção por onde ele passou. Eu acredito que foram os policiais mesmo, porque um vizinho veio me contar que viu quando três viaturas da polícia militar pararam meu filho”, contou.

De acordo com a mãe, no dia do desaparecimento, Alberto tinha saído para ir à praia com um grupo de amigos. Na volta para casa, ele passou por dentro de um condomínio que fica no meio do percurso até a casa dele, no bairro do Antares. Ela contou também que no mesmo dia em que Alberto sumiu, a polícia esteve na casa dela procurando outro filho que seria usuário de drogas.

A mãe contou ainda que pouco tempo depois dos policiais saírem da casa dela, o vizinho disse que a polícia tinha parado Alberto na rua, para uma abordagem. Depois disso ela não teve mais notícias.

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