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Política
22/04/2018 20:39:00

Saiba de que são acusados os seis senadores réus da Lava Jato


Saiba de que são acusados os seis senadores réus da Lava Jato
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) é o primeiro tucano a responder a uma ação penal em processo derivado da Operação Lava Jato. Mas ele não está só. Outros cinco senadores de quatro partidos diferentes também estão nessa situação: Fernando Collor (PTC-AL), Gleisi Hoffmann (PT-PR), José Agripino (DEM-RN), Romero Jucá (MDB-RR) e Valdir Raupp (MDB-RO). Cerca de 20 integrantes do Senado estão hoje na condição de investigados, ou seja, são alvos de inquéritos, procedimentos preliminares que podem resultar em processos.
 

Aécio

 
A denúncia, por corrupção passiva e obstrução da Justiça, foi aceita nessa terça-feira (17) por unanimidade pela Primeira Turma, com o voto favorável de seus cinco integrantes. “Recebeu R$ 2 milhões de Joesley Batista, quantia essa repassada por Ricardo Saud, representante do empresário, ao primo do senador Frederico Pacheco e a Mendherson [Lima]. Em quatro parcelas. Importante frisar que a partir da segunda entrega tudo foi registrado em áudio e vídeo”, disse o procurador Carlos Alberto Coelho, que defendeu a abertura de ação penal contra o senador em nome da Procuradoria Geral da República.
 
 
 
Gleisi Hoffmann
 
Em setembro de 2016, Gleisi se tornou a primeira integrante do Senado a passar à condição de réu na Lava Jato. A atual presidente do PT é acusada de receber propina de R$ 1 milhão, desviados da Petrobras, para a campanha ao Senado em 2010. A petista responde pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento/Governo Lula), marido de Gleisi, e o empresário Ernesto Kugler, também são réus na ação. A denúncia é baseada nas delações premiadas do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Yousseff.
 
 
Romero Jucá
Réu por corrupção e lavagem de dinheiro a partir de investigações que envolvem a Odebrecht, uma das empreiteiras responsáveis pelo bilionário esquema de corrupção instalado na Petrobras. O presidente do MDB é acusado de receber propina de R$ 150 mil em troca da defesa de duas medidas provisórias (MP 651/2014 e MP 656/2014) que, segundo os investigadores, foram concebidas para beneficiar a empreiteira. A suspeita é de que o dinheiro serviu à campanha do filho dele, Rodrigo Jucá, ao posto de vice-governador de Roraima em 2014. Jucá é alvo de quatro denúncias e seis inquéritos apenas da Lava Jato.
 
 
 
 
Valdir Raupp
De acordo com a PGR, há indícios de que Raupp recebeu R$ 500 mil em do­a­­ções eleitorais quando disputava uma ca­dei­ra no Senado, em 2010. Apesar de con­ta­bilizados, ressaltam os procuradores, os re­passes feitos pela empreitei­ra Queiroz Gal­vão tiveram origem em frau­­des contra­tu­ais na estatal petrolífera. O ex-presidente do MDB é réu por cor­rup­ção e lavagem de di­nheiro. Segundo a de­núncia, o valor por pa­go por doação elei­toral era propina so­li­ci­tada ao ex-di­re­tor de Abastecimento da Pe­trobras Pau­lo Roberto Costa, autor da acu­sação em delação premiada. “Con­ti­nuo a acre­di­tar que contribuição oficial de cam­pa­nha, devidamente declarada, não po­de ser considerada como indício e/ou pro­va de ilicitude”, disse Raupp ao virar réu.
 
 
 
José Agripino
O ex-presidente e ex-líder do DEM é réu por corrupção e lavagem de dinheiro. É acusado de receber propina para a construção da Arena das Dunas, estádio erguido em Natal (RN) para a Copa do Mundo no Brasil, em 2014. A Procuradoria Geral da República aponta indícios de que Agripino recebeu mais de R$ 650 mil em suas contas pessoais, em parcelas, entre 2012 e 2014. De acordo com a denúncia, a pedido do senador e em troca de favores, a OAS doou R$ 250 mil ao DEM.
 
 
 
 
 
Fernando Collor
Segundo a PGR, Collor recebeu R$ 29 milhões em propina por sua influência em uma subsidiária da Petrobras, a BR Distribuidora. É réu pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e comando de organização criminosa. Além dessa ação, o senador é alvo de outros cinco inquéritos na Lava Jato. O grupo de Collor é acusado de ter recebido propina em acordo que envolveu um contrato de troca de bandeira de postos de combustível celebrado entre a BR Distribuidora e a empresa DVBR (Derivados do Brasil).
Também é suspeito de se beneficiar de contratos de construção de bases de distribuição de combustíveis firmados entre a BR Distribuidora e a UTC Engenharia. O senador nega ter praticado o crime e acusa o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot de perseguição. “A Corte apontou o absurdo da multiplicidade de acusações em relação a um mesmo fato, ressaltando que nessa etapa não fazia qualquer juízo quanto à existência ou não de crime. O senador acredita que, como no passado, terá oportunidade de comprovar sua inocência na fase seguinte do processo, colhendo, mais uma vez, o reconhecimento de sua inocência”, diz a defesa.
 
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