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Os peritos oficiais e legistas do estado de Alagoas decidiram, por unanimidade, paralisar os serviços por 48h, nos dias 23 e 24 abril. Em assembleia realizada na tarde desta terça-feira, 17, os trabalhadores definiram que apenas 30% das atividades serão mantidas. Os locais de crimes terão atendimento de um por dois e nas unidades do Instituto Médico Legal (IML), em Maceió e Arapiraca, serão realizados somente exames de abuso contra menores e de necropsia.
A categoria reivindica a realização de concurso público para auxiliares de perícia, a implantação de Planos de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), e a convocação da reserva técnica.
O presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais de Alagoas (Sinpoal), Paulo Rogério Ferreira, disse que já houve tentativas de uma negociação com o Governo que não se posicionou a respeito.
“Tentamos a todo custo uma cordialidade com o Governo, fazendo com que entendesse nossa situação e respeitasse nossos direitos. Mas, ele não se manifestou e continuou a ignorar a categoria, então reagimos conforme o tratamento. Vamos paralisar por 48 horas, podendo chegar a uma paralisação total”, declarou Paulo Rogério.
Ainda segundo os trabalhadores, a carência de recurso humano sobrecarrega os profissionais nos locais de crime, tendo o perito que acumular funções e retardar os levantamentos. A situação também é assim no Instituto Médico Legal.
Na assembleia realizada nesta terça, foi acertado que os chamados para locais de homicídios funcionarão da seguinte forma: a equipe sai para os levantamentos, mas não pericia os dois locais seguintes. Ou seja, os peritos criminais atuarão a cada três homicídios.
“Vai ser assim, vamos ao primeiro local, deixamos de atender os dois seguintes e recomeçamos no quarto. Não atendemos o quinto e o sexto, atendemos o sétimo. Infelizmente temos de intensificar nossa mobilização, até sermos recebidos e obtermos uma resposta do governo”, finalizou Rogério.
*Com Assessoria
