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17/04/2018 18:33:00

Ato em Maceió lembra 20 anos do massacre de Eldorado dos Carajás


Ato em Maceió lembra 20 anos do massacre de Eldorado dos Carajás

Um ato ecumênico seguido de uma caminhada, na manhã desta terça-feira (17), no centro de Maceió, marcaram os 20 anos de um dos episódios mais cruéis da história do Brasil: o massacre de Eldorado dos Carajás. Movimentos de trabalhadores rurais também lembraram os dois anos do que chamam de "golpe contra a democracia", quando aconteceu o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

 

Uma parte do grupo que estava acampado na Praça Sinimbu foi até a Praça Deodoro para o ato precedido por uma missa no local e depois disso uma marcha pela região central da cidade.

 

Ato em Maceió lembra 20 anos do massacre de Eldorado dos Carajás

FOTO: DÁRCIO MONTEIRO

Segundo Marcos Antônio da Silva, o "Marrom", coordenador estadual do Movimento Via do Trabalho (MVT), a programação faz parte do abril vermelho. "É um ato em defesa da reforma agrária e da vida. Estamos em Maceió desde sábado para cobrar do Governo Federal, do Incra e do Governo do Estado. Ontem, conseguimos marcar uma reunião com o governador e vamos discutir essas demandas com ele".

 

Ele disse que, nos últimos dois anos, tem crescido a violência no campo, com massacres e perseguições no Brasil e em Alagoas. "Por isso, estamos mais uma vez em Maceió. Só esse ano é a oitava vez e não é fácil. Não queremos estar em Maceió, queremos estar no campo, produzindo. Mas, somos obrigados e estamos aqui em defesa da reforma agrária, contra prisões ilegais e contra esse massacre", explica.

 

Ato em Maceió lembra 20 anos do massacre de Eldorado dos Carajás

FOTO: DÁRCIO MONTEIRO

Sobre Carajás, o líder do MVT lembrou que hoje se completam 22 anos do assassinato de 11 trabalhadores rurais. "Até hoje existem pessoas impunes. Alguns estão presos, outros respondendo a processos, mas a maioria que de fato é culpado não está pagando por isso. Para que isso não venha a acontecer em Alagoas, queremos que o governo faça a reforma agrária"

 

Além dessa questão, na audiência marcada para esta quarta-feira (18), às 10h, no Palácio República dos Palmares, os trabalhadores pretendem cobrar que as usinas Laginha e Guaxuma, da massa falida do Grupo João Lyra, sejam colocadas para a reforma agrária. 

 

Ato em Maceió lembra 20 anos do massacre de Eldorado dos Carajás

FOTO: DÁRCIO MONTEIRO

"Há três anos, os movimentos estão negociando com o Tribunal de Justiça e o Governo do Estado. Com as terras da usina Uruba foi feito um acordo com os fornecedores daquela região. Agora, queremos que uma parte da Laginha e da Guaxuma venha para a reforma agrária", insiste Marrom.

 

A pauta a ser discutida conta com mais de 15 itens, como desapropriação, apoio à agricultura familiar, educação no campo e o Fecoep [Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza], onde os movimentos cobram uma cadeira para que também possam discutir a destinação dos recursos.

São cerca de 3.500 pessoas acampadas na Sinimbu. No ato, na Deodoro, estão vários movimentos do campo com as centrais sindicais.

gazetaweb



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