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Economia
14/04/2018 19:59:00

Banco Central estuda fixar limite em tarifas de cartão de crédito


Banco Central estuda fixar limite em tarifas de cartão de crédito

presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse nesta sexta-feira, 13, que a instituição avalia fixar um teto para as tarifas operacionais dos cartões de crédito, como já foi definido recentemente para os de débito.

O objetivo é baratear os custos das transações para os lojistas e que esta redução chegue ao consumidor, estimulando assim o uso de meios eletrônicos de pagamentos.

A partir de 1º de outubro, o BC determinou que haverá limitação dos porcentuais da chamada tarifa de intercâmbio dos cartões de débito, que poderão chegar a no máximo 0,8% de cada transação. A taxa de intercâmbio é a tarifa que a empresa que credencia as lojas paga para o emissor do cartão, os bancos, em cada transação com o plástico.

"Com a medida nos cartões de débito, nossa expectativa é que a redução seja repassada para o credenciador e ao lojista e chegue ao consumidor por meio da concorrência", afirmou o presidente do BC nesta sexta-feira em evento do Insper e do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

"Obviamente, vamos continuar avaliando se o teto [para o débito] é correto, se tem que reduzir mais. Vamos avaliar também se é preciso colocar um teto em outros instrumentos, como cartões de crédito", afirmou Ilan em seu discurso. "Tudo isso faz parte de nossa agenda neste ano."

"Estamos incentivando a competição nos meios de pagamento", disse Ilan nesta sexta-feira, durante palestra. O objetivo do BC é aumentar o uso de meios eletrônicos, como os cartões de débito, considerados mais eficientes que o papel de moeda. Isso trará redução de custos para todo mundo, afirmou ele. "Foram adotadas medidas que melhoram a concorrência e tornam o uso do cartão de crédito mais eficiente e barato", disse Ilan Goldfajn.

BC vê espaço para estimular a economia reduzindo juros

Entre as medidas recentes para estimular meios eletrônicos de pagamento, Ilan destacou que o governo passou a permitir a diferenciação de preços para quem paga uma compra à vista, que paga valor menor. Isso era prática comum no comércio, mas não era regulamentado, observou ele. "Hoje se tornou formal. Com isso se consegue diferenciar se o pagamento é à vista ou a prazo." O dirigente disse ainda que no ano passado o BC aumentou seu poder fiscalizador e punitivo para as instituições do sistema financeiro.

Para aumentar a competição no sistema, Ilan disse que o objetivo do BC é estimular a entrada no mercado das Fintechs, como são chamadas as empresas nascentes de inovação financeira. "O BC quer incentivar a oferta e a diferenciação de produtos para o consumidor."

A avaliação do presidente do BC é que as Fintechs trazem maior competição, além de criarem produtos e novos modelos de negócios com redução de custos em várias áreas, disse ele. "Temos adotado uma postura de deixar entrar, deixar competir e regular apenas quando necessário", disse ele. "Não pretendemos regular em demasia." Com informações do Estadão Conteúdo.



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