SIGA NOSSO:
O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) realizou vistorias na delegacia de Igreja Nova nessa quinta-feira (30). No local a reclamação é referente a superlotação de presos por conta de problemas estruturais ainda não resolvidos.
O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, encaminhou expediente ao Delegado Geral, Paulo Cerqueira, solicitando providências quanto à retirada de presos e solução das precárias condições da delegacia. No documento, o Sindicato enfatiza que o Ministério Público recomendou a retirada de todos os presos em um prazo de 30 dias, medida que não foi respeitada.
O Sindicato solicitou uma reunião com o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, deputado estadual Galba Novaes, visando denunciar a situação e buscar solução à superlotação de presos na Delegacia de Igreja Nova.
Documentos também foram encaminhados ao presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/AL, advogado Ricardo Moraes, e ao supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF) do Tribunal de Justiça, desembargador Celyrio Adamastor Tenório Accioly, denunciando o descaso.
A delegacia de Igreja Nova está com 15 presos. Na semana passada, haviam 23, em um local que não tem condições para permanecer nenhuma pessoa. Além de ser inadequada, a carceragem é quente, sem ventilação e com iluminação precária.Com entupimento da fossa e encanação quebrada, os dejetos dos presos passam para o lado de fora da parede e ficam a céu aberto, causando mal cheiro em toda área em volta da delegacia.
O Sindpol também constatou que existem muitos entulhos, materiais de apreensão, como motos e carros, que poluem o local e tornam ambiente para insetos e roedores. As paredes apresentam rachaduras, infiltrações e mofos.
“As condições atuais da delegacia propiciam risco imediato aos policiais civis, aos presos e à comunidade circunvizinha, podendo ocorrer fugas ou tentativas de resgate de detentos, bem como a contaminação de doenças infectocontagiosas” informa o presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, acrescentando que os policiais civis acabam sendo impedidos de realizar a investigação e elucidar os crimes devido à custódia de presos em um local precário e desumano.
Casa de Custódia em Santana do Ipanema
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), Ricardo Nazário, encaminhou expedientes aos Secretários de Segurança Pública, Coronel Paulo Domingos de Araújo Lima Jr, e de Ressocialização e Inclusão Social (Seris), Coronel Marcos Sérgio de Freitas, solicitando empenho para inauguração da Casa de Custódia de Santana do Ipanema, que teve a reforma concluída e está pronta para funcionar desde dezembro de 2017.
“O funcionamento da Casa de Custódia irá sanar o problema das superlotações de presos nas delegacias de Alagoas. Atualmente, os detentos se encontram encarcerados de maneira precária e desumana nos Centros Integrados de Segurança Públicas (CISPs) da região”, informa o presidente do Sindpol.
O dirigente sindical também denunciou que a categoria dos policiais civis é desviada da atividade de Polícia Judiciária, que é a investigação, para custodiar presos sendo que, desta forma, ficam impedidos de prestar melhor atendimento à população.
“A não entrega da Casa de Custódia de Santana ocasiona a superlotação de presos nos CISPs de Ouro Branco, que está com 18 presos, e no CISP de São José da Tapera com 17 presos, todos superlotados”, alerta Ricardo Nazário.
A Notícia
