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Brasil
07/03/2018 13:05:00

Ministério da Agricultura interrompe exportação de frango de 3 frigoríficos da BRF


Ministério da Agricultura interrompe exportação de frango de 3 frigoríficos da BRF
Ilustração

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento paralisou a exportação de frango dos frigoríficos Mineiros (GO), Rio Verde (GO) e Carambeí (PR) - 3 estabelecimentos da BRF envolvidos na Operação Trapaça.

Em nota, a pasta pontuou que as exportações foram suspensas para países que "exigem requisitos sanitários específicos de controle e tipificação de Salmonella spp".

De acordo com a Folha de S.Paulo, a comercialização foi interrompida para 12 destinos, como a União Europeia, o Vietnã, a Coreia do Sul e Israel.

Nesses países o percentual aceito de Salmonella spp é inferior ao tolerado no Brasil (20%). A operação investiga justamente a fraude em laudos e processos que tinham como objetivo impedir que o Ministério da Agricultura fiscalizasse a qualidade do processo industrial da BRF.

"As investigações demonstraram que 5 laboratórios credenciados junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e setores de análises de determinado grupo empresarial fraudavam resultados de exames em amostras de seu processo industrial, informando ao Serviço de Inspeção Federal dados fictícios em laudos e planilhas técnicos", diz a nota divulgada pela PF.

Sem riscos à saúde

Embora pareça nociva, é normal que a Salmonella spp esteja presente em carne de aves. O microorganismo, no entanto, é destruído quando o produto é submetido a altas temperaturas, seja frito ou cozido.

A ressalva é feita tanto pelo ministério quanto pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e pela própria BRF.

Em entrevista coletiva, o coordenador-geral do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do ministério, Alexandre Campos da Silva, destacou que dos mais de 2 mil tipos de salmonela apenas 2 são prejudiciais à saúde pública e outros 2 à saúde animal.

Segundo ele, nenhum dos que oferecem risco foram encontrados.

"Ao consumidor, é importante esclarecer: não há riscos! A investigação se relaciona com as análises de presença do grupo de Salmonela spp, que são destruídas durante o cozimento dos alimentos", diz a Associação Brasileira de Proteína Animal, em nota.

A BRF se defendeu das acusações e argumentou que a investigação da Polícia Federal não trata de algo que possa causar dano à saúde pública.

A empresa também é investigada pela prática de adulterar a rastreabilidade do composto Premix, utilizado como complemento vitamínico e mineral às rações fabricadas pela empresa, seja por inserir componentes não permitidos, seja por alterar as porcentagens dos componentes indicadas nas etiquetas. Sobre esse fato, a BRF diz que os processos de produção do Premix seguem normas técnicas nacionais e internacionais.

"Pela rastreabilidade do produto, é possível identificar tudo o que foi incluído no Premix, suas concentrações, origem e destino. Para cada fase da vida do animal, existe uma composição diferente de Premix". A BRF alega que os e-mails revelados pela investigação são de 3 anos atrás e o teor das mensagens está sendo investigado pela empresa.

http://www.huffpostbrasil.com

(Com Agência Brasil)



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