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O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) denunciou nesta segunda-feira (26) uma série de problemas de estrutura e superlotação de presos no Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) de Murici, Zona da Mata de Alagoas.
Os Cisps foram instalados em diversos municípios com objetivo de reunir em um mesmo local policiais civis e militares, facilitando o serviço à população. A reportagem do G1 procurou a Polícia Militar, a Polícia Civil e a Secretaria da Segurança Pública (SSP), mas a responsabilidade pelo local foi passada de um órgão para outro, e ninguém quis assumir o problema.
A vistoria do Sindpol em Murici constatou que a água do local é imprópria para consumo, as pinturas estão descascando, há infiltrações nas paredes e acúmulo de água no banheiro devido a um problema hidráulico.
Além disso, o portão está quebrado, o local está cheio de mato e as bandeiras de Murici, de Alagoas e do Brasil, que deveriam estar expostas, ficam largadas no chão, bem como os materiais apreendidos como motos, caça-níqueis e pneus expostos.
Outra alegação é que os policiais civis que trabalham no local arrecadam dinheiro entre si para comprar botijão de gás de cozinha para que os detentos não passem fome.
O sindicato alega ainda que o Cisp deveria alojar apenas quatro detentos, mas no local há nove presos.
De acordo com o presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, as falhas no local comprometem o funcionamento e a estrutura do prédio.
“Para construir o centro, o governo do estado gastou R$ 1,4 milhão, mas o patrimônio dos alagoanos está abandonado e sem manutenção. Tudo isso é o reflexo do descaso da Segurança Pública com o patrimônio público”, enfatizou o presidente.
G1-Al
