Todos envelhecemos. Todos os dias. Quando você acabar de ler este texto será um pouco mais velho do que ao começar. E, paradoxalmente, embora esta seja a melhor das possibilidades (pense em qual é a única alternativa a se tornar mais velho), a passagem do tempo e ultrapassar certas décadas e cifras simbólicas sempre causaram temores e inquietação para todos nós. Existem realmente as crises da idade ou são uma invenção do marketing?
Cada década tem seus próprios mitos; aos 30 parece que a obrigação é ter um companheiro estável, aos 40 se espera de você certa estabilidade profissional, aos 50 é preciso enfrentar sinais de envelhecimento, como o aumento do peso ou a calvície...
VIOLETA ALCOCER, NEUROPSICÓLOGA CLÍNICA
“É possível que essas crises estejam mais relacionadas com momentos de transição social do que com a manifestação de traumas não resolvidos”, explica Violeta Alcocer, neuropsicóloga clínica. “Cada década tem seus próprios marcos e mitos; aos trinta parece que a obrigação é ter um companheiro estável e formar uma família, aos quarenta se espera de você certa estabilidade profissional, aos cinquenta é preciso enfrentar sinais evidentes de envelhecimento físico, como o aumento do peso ou a calvície... É quase inevitável que em torno dessas idades as pessoas se façam determinadas perguntas sobre seu projeto de vida.”
Há algum marco em que a pessoa comece a sentir o peso da idade? As manifestações físicas são óbvias, mas fala-se de outros momentos mais emocionais. Por exemplo, esse em que atingimos a idade de nossos pais quando nos tiveram. “Esse marco da idade dos seus pais existe e pesa bastante”, confirma Alcocer, “se você estiver consciente disso, ou não”.
“O tempo passa depressa quando temos muita atividade”, alerta a psicóloga. “Conviver com crianças ou adolescentes também pode influir nessa sensação, já que seu ritmo de amadurecimento é mais veloz que o de uma pessoa de quarenta ou cinquenta.”
A neuropsicóloga acrescenta como outro fator importante para envelhecer com saúde “substituir a rejeição e a intolerância pela curiosidade. Do ponto de vista neurológico, nosso cérebro vai perdendo o interesse por aprender e pela novidade à medida que completamos mais anos.” E acrescenta: “Por isso, algumas pessoas se tornam cada vez mais intransigentes”.
Um total de 84% dos jovens entre 16 e 24 escuta música principalmente pelos celulares, enquanto somente 30% das pessoas na faixa dos 55 e 64 anos fazem isso, segundo o informe Music Consumer Insight.
Há uma idade para deixar de ir à balada? Um estudo realizado entre 5.000 adultos da Inglaterra mostrou que a média para deixar de frequentá-las e apostar em um novo tipo de lazer à noite, mais relaxado, é 31 anos.
Segundo um estudo da LOOP publicado pela Forbes, somente em algummomento a rádio tradicional.
É normal que um adolescente beba o mesmo que seus amigos, um jovem no início da faixa dos 20 anos, o que está na moda, segundo a publicidade, um que esteja chegando aos 30, o mesmo que bebem as pessoas que ele admira, e a partir dos 30, enfim, nos fixamos em uma bebida alcoólica de que gostamos e nos cai bem.
"Homem velho grita-lhe a uma nuvem". O recorte de imprensa aparecido em um episódio de 'Os Simpson' converteu-se no meme mais reconhecível para assinalar que alguém está atuando como um cascarrabias.
El País