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02/02/2018 21:08:00

Com rotina diária de 17 horas de estudos, irmãs alunas de escola pública conseguem aprovação na Ufal


Com rotina diária de 17 horas de estudos, irmãs alunas de escola pública conseguem aprovação na Ufal
Estudantes alagoanas

G1 - Após um ano estudando 17 horas por dia, duas irmãs, alunas da Escola Estadual Profª Gilvana Ataíde Cabral, na Santa Lúcia, em Maceió, conquistaram a aprovação na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) por meio do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).

Suellen Silva Souza, 16, ficou na 11ª colocação em direito. A irmã mais velha, Sarah Silva Souza, de 18 anos, foi aprovada em 4º lugar em serviço social. As duas prestaram o Enem por cotas.

Durante meses, elas abdicaram do lazer e do convívio da família. A mãe delas, Pollyana Maria da Silva, disse que nunca precisou cobrar que as filhas estudassem tanto.

"Elas nunca me deram trabalho. Acordavam cedo, estudavam em casa. Depois iam para a escola e, em seguida, iam para um curso na Ufal. Eu pedia para elas irem ao cinema com as amigas, saírem um pouco, mas elas estavam focadas. Elas me enchem de orgulho. Desejo o melhor para elas e que esse seja o início de um futuro brilhante", diz a mãe, orgulhosa.

Sarah conta como era essa rotina de estudo. “Durante um ano eu acordava às 5h para estudar em casa. Quando era 11h, eu parava para almoçar, tomar banho e me arrumar para o colégio. Passava a tarde estudando na escola e, de lá, já seguia para a Ufal, para o curso preparatório do Programa de Apoio aos Estudantes das Escolas Públicas do Estado (PAESPE) . Lá, ficava até 22h. Tive essa rotina de novembro de 2016 a novembro de 2017”.

Seguindo a mesma rotina, a irmã mais nova diz que todo o esforço valeu a pena. “Desde os sete anos eu quis cursar direito, ser uma juíza. Vi o resultado on-line e fiquei em choque. Quando vi que tinha sido aprovada, corri para ver o resultado da minha irmã e fiquei mais feliz ainda”, diz Suellen.

Sarah lembra que um bilhete motivacional do então professor do ensino médio, Aristóteles da Silva Oliveira, ajudou a manter o ritmo de estudos. “Hoje ele é diretor-adjunto da escola, mas já foi meu professor de história. A mensagem que ele escreveu, mesmo naquela época, me ajudou bastante a continuar motivada”.

G1-Al



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