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Política
02/02/2018 09:09:00

Pesquisa desanima Meirelles, que ainda assim manterá nome na disputa


Pesquisa desanima Meirelles, que ainda assim manterá nome na disputa
Ministro Henrique Meireles

Os números da pesquisa Datafolha divulgados nessa quarta-feira (31) desanimaram o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, mas não o fizeram mudar o discurso de que somente em março vai decidir se é ou não candidato à Presidência da República nas eleições de outubro.

Articulando-se há pelo menos três meses para a corrida ao Palácio do Planalto, Meirelles aparece com apenas 2% das intenções de voto no seu melhor desempenho, segundo o Datafolha.

Assessores do ministro avaliam que os dados poderiam ser melhores, porém, reafirmam, o chefe da equipe econômica do governo Michel Temer não tomará nenhuma decisão até o final de março.

Enquanto isso, tentará chegar aos 5% nas pequisas, patamar que, nos bastidores, estabeleceu como piso mínimo para se lançar candidato daqui a dois meses - no início de abril encerra-se o prazo para que os ministros que concorrerão às eleições deixem seus cargos.

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A estratégia de Meirelles era conseguir o protagonismo no debate da reforma da Previdência, posto que perdeu para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Este se articula para uma possível candidatura à sucessão de Temer e pontua na casa de 1% no Datafolha.

Aliados do ministro admitem que o deputado conduziu melhor o processo e hoje aparece como referência nas discussões sobre as mudanças nas regras de aposentadoria. A medida é muito estimulada pelo mercado, importante pilar de sustentação para os anseios presidenciais tanto de Maia como de Meirelles.

A tese é a de que, caso a proposta seja aprovada, Maia consiga faturar em cima do sucesso da articulação na Câmara. Do contrário, o presidente da Casa pode transferir o ônus da derrota ao governo ou até diretamente a Meirelles.

RÁPIDO DEMAIS

Auxiliares de Temer, por sua vez, acreditam que o ministro da Fazenda se colocou "rápido demais" na disputa, o que desgastou sua imagem antes mesmo de os dados econômicos começarem a apresentar alguma melhora.

Filiado ao PSD, Meirelles sabe que não deve ter o apoio de seu próprio partido para disputar Planalto - a sigla pode apoiar Geraldo Alckmin (PSDB) - e tem articulado alternativas caso queira concorrer à sucessão de Temer.

Ser o candidato que defende o legado do governo e tentar isolar o tucano era o principal objetivo do ministro, como demonstrou em entrevista à Folha de S.Paulo no fim do ano passado.

O Datafolha desta quarta mostrou que, em uma possível corrida presidencial sem Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quatro candidatos disputariam a vaga no segundo turno contra Jair Bolsonaro (PSC): Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Luciano Huck (sem partido).

Maia e Meirelles não aparecem com mais de 2% em nenhum cenário, nem como possíveis herdeiros dos votos de Lula caso o ex-presidente seja impedido de disputar as eleições em razão da Lei da Ficha Limpa. Com informações da Folhapress.

 

 



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