Torcedores se ajoelharam, outros se abraçaram intensamente. A maioria não se conteve e chorou. A sede no Fluminense virou palco nesta quinta-feira de uma euforia contagiante após o título da Copa do Brasil.
A junção do feriado de Corpus Christi com uma taça esperada há 23 anos fez as Laranjeiras viver um dia diferente. Os morteiros e os protestos de outrora, viraram gritos de exaltação ao Tricolor carioca, recepcionado por mais de cinco mil pessoas.
Um a um, jogadores e comissão técnica tiveram seus nomes pronunciados no microfone. Thiago Silva virou o melhor zagueiro do Brasil, Adriano Magrão um ídolo em ascensão e o técnico Renato Gaúcho, mais uma vez, confirmou sua importância para a História do Flu.
- Que título abençoado. Amo meu Fluminense e chega de derrotas! - declara.
Ele tem razão. Aos 21 anos, David pegou intensamente a fase negra do Fluminense, com rebaixamentos em seqüencia e escassez de títulos nacionais (exceção feita aos estaduais de 1995, 2002 e 2005). Agora, vive a redenção de uma geração.
- Vi muitos amigos meus desanimarem, pensarem em não acompanhar mais o futebol. Todo mundo ganhava título, menos a gente. Mas valeu a pena. Agora chegou a nossa vez de curtir - afirma o estudante Victor Ribeiro.
Mas não eram apenas os jovens que vibravam. Os mais velhos também não escondiam a emoção. As lágrimas escorreram pelo rosto de muitos deles. Mais do que o título, mais do que a vaga na Libertadores, o orgulho de ser Tricolor está de volta.
- Estou emocionado de verdade. E que festa linda. Imagina se a Gávea (sede do Flamengo) suportaria isso - diz o engenheiro Gustavo Friedel.
Mas, apesar da emoção da festa, a organização não foi das melhores. Por causa da superlotação, houve empurra-empurra no corredor que dava acesso ao tradicional "Bar do Fidélis". Sem um esquema eficaz para protegê-los, os jogadores foram muito assediados e tiveram de deixar as Laranjeiras apressadamente. Mas isso, no meio da festa, é quase irrelevante.
Fonte G1