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22/01/2018 08:04:00

Falta de legista faz IML acumular mais de 20 corpos desde sexta-feira


Falta de legista faz IML acumular mais de 20 corpos desde sexta-feira
Parentes esperam liberação dos cadaveres

Mais de 20 corpos estão amontoados no Instituto Médico Legal (IML) de Maceió à espera da necropsia ou autópsia, para posterior liberação e sepultamento por familiares. A demora revolta os parentes que hoje à tarde denunciaram falta de respeito e humanização, já que não recebem informações oficiais sobre o que está ocorrendo. Algumas famílias estão se revezando para ficar à espera da liberação do corpo desde a última sexta-feira.

A reportagem da Gazetaweb conseguiu ouvir um funcionário e ele esclareceu que a demora na libração dos corpos deve-se ao pequeno número de profissionais médicos legistas. Hoje, por exemplo, apenas um médico estava no plantão para atender à grande demanda. Pela manhã foram liberados quatro corpos e havia previsão de outros três deixarem o IML à tarde. O funcionário, no entanto, não previa horário e nem o nome de quem seria liberado para sepultamento.

Os corpos, segundo ele, estão nas geladeiras para serem submetidos a uma série de exames visando determinar as circunstâncias em que se deu o óbito. Segundo informe do IML, no site oficial do Estado, não há regra que possibilite preestabelecer um tempo certo de duração desses exames.

O corpo de Reginaldo Borges dos Santos, que faleceu após o choque de sua moto com um cavalo numa estrada da cidade de Murici, na última sexta-feira, deu entrada no IML na madrugada do sábado. Desde então, familiares aguardam na recepção do IML por informações sobre a liberação do corpo. Ontem à tarde os parentes estavam revoltados com a demora e diziam que a família já estava reunida em União dos Palmares, com tudo pronto para o sepultamento. O senhor José Alcides estava na recepção apertada e quente do IML aguardando a liberação dos corpos de dois parentes. Rosa Maria dos Santos e Maciel dos Santos morreram em acidentes de trânsito no sábado à noite, no interior. Até ontem à tarde, seu Alcides e o marido de Rosa,  não sabiam dizer quando poderiam levar o corpo da mulher para casa.

"Isso é um descaso com a gente. Além da dor de perder um parente, a gente tem que passar por esse constrangimento, esperar um, dois dias para levar o corpo, que já tá fedendo, pra casa. Isso é absurdo. Como pode um médico apenas dar conta da liberação de todos esses corpos? Tem gente aqui que vai passar a semana para enterrar o parente", reclamou seu Alcides.

Gazetaweb

 

 



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