26/04/2024 07:02:56

27/10/2008 00:00:00

Saúde


Saúde

De acordo com dados oficiais fornecidos Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NVE) do Hospital Escola Hélvio Auto, unidade hospitalar da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), de janeiro até o dia 20 deste mês, 15 pessoas foram vitimas fatais da Tuberculose em Alagoas. A unidade confirmou 114 casos de pacientes com tuberculose pulmonar.


Segundo informou a gerente-geral do hospital, Luciana Pacheco, “o acompanhamento ambulatorial nos casos de tuberculose acontece quando o paciente é portador do vírus HIV. Com a imunidade em baixa devido à Aids, o paciente tem maior probabilidade de contrair a tuberculose pulmonar. Nós até atendemos quando nos é encaminhada uma pessoa com suspeita da doença, mas depois de encaminharmos as outras unidades de referência em tuberculose para que sejam acompanhadas até o término do tratamento”, explicou Luciana Pacheco.


Para o médico infectologista e sanitarista Teófilo Guimarães, a tuberculose pulmonar é uma doença que tem acometido um significativo número de pessoas com baixa defesa imunológica, fumantes, alcoólatras, pessoas em situação de abandono familiar, são muitas as causas. Transmitida pelo ar, ela atinge especificamente os pulmões, com sintomas como tosse, febre, suor, perda de peso.


Causada pelo bacilo de Koch, a tuberculose, quando não tratada adequadamente pelo paciente com o uso de medicamentos prescritos pelo médico, tende a voltar com mais resistência no organismo. “Este fato vem ocorrendo com mais freqüência e tem preocupado os especialistas”, frisa a infectologista Luciana Pacheco. “A falta de cuidados adequados facilita o progresso da patologia, levando à morte em alguns casos. Geralmente são pacientes com um histórico de vida de dificuldades, que passam fome, não conseguem seguir à risca as prescrições para o tratamento, até mesmo por desinformação. É uma patologia que tem matado muito mais do que a dengue, em pleno século 21”, ressalta o médico infectologista e sanitarista Teófilo Guimarães, do corpo clínico do Helvio Auto.


Diagnóstico precoce


Teófilo Guimarães explica que o diagnóstico precoce, tratamento e acompanhamento são feitos por unidades de saúde referenciadas. “A responsabilidade, na verdade, é coletiva”, disse o médico. É importante salientar que para chegar ao estágio em que muitos pacientes chegam ao Hélvio Auto, provavelmente eles devem ter parado o tratamento por diversos motivos. “Quando não se tomam os devidos cuidados, e interrompe a medicação, o bacilo vem muito mais resistente na pessoa infectada”, explica o infectologista.
 

Encaminhamento


É Importante ressaltar que para ser atendido no Hélvio Auto é necessário que o paciente venha com encaminhamento por escrito de outras unidades de saúde feito pelo médico que fez a primeira consulta.


A exigência de encaminhamento acontece, porque é preciso fazer uma triagem dos casos suspeitos de patologias que tratamos aqui. Se o médico suspeitar que o paciente está com sintomas de tuberculose, dengue hemorrágica ou meningite, por exemplo, ele solicita por escrito que o hospital investigue melhor o paciente e assim é feito. Não atendemos doenças diversas, mas apenas infecto-contagiosas.


Os únicos casos em que não se pede o encaminhamento ao paciente é quando ele é profissional da saúde, que sofre acidentes com material biológico ou pessoas mordidas por animais peçonhentos, como cobra e escorpião. Basta vir ao hospital, que será logo atendido, sem a exigência de encaminhamento por escrito.

O Helvio Auto, mesmo estando preparado para cuidar de pacientes com tuberculose, já que possui uma equipe multidisciplinar bastante qualificada, tem limitação de leito, pois sendo uma doença de transmissão respiratória, não é possível internar estes pacientes em outras enfermarias devido ao contágio.

 

com Jornal Alagoas em Tempo


Enquete
Na Eleição de outubro, você votaria nos candidatos da situação ou da oposição?
Total de votos: 43
Notícias Agora
Google News