Agência Brasil - A Odebrecht Óleo e Gás (OOG) informou hoje (22) que concluiu a reestruturação de sua dívida financeira com a troca dos títulos de dívida com vencimento em 2021 e 2022, chamados de Notas 2021 e Notas 2022 e, ainda, das notas perpétuas emitidas por suas controladas. A operação ocorreu após a homologação dos planos de recuperação extrajudicial da companhia realizado pelo Tribunal de Falências do Distrito Sul de Nova York e pela 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do estado do Rio de Janeiro.
A
decisão do Tribunal de Nova York, que aprovou os planos de reestruturação da
dívida financeira da companhia, protocolados no início de novembro nos Estados
Unidos, ocorreu no dia 12 de dezembro. A empresa entrou com processo para obter
junto à corte norte-americana o reconhecimento da decisão no Brasil, na 4ª Vara
Empresarial do Tribunal de Justiça do estado do Rio de Janeiro, que homologou
os planos em outubro.
Conforme
a empresa, depois do entendimento dos judiciários brasileiro e norte-americano,
os termos da reestruturação passaram a ser obrigatórios e englobaram todos os
detentores dos papéis, como também os credores corporativos financeiros da
empresa e algumas das suas subsidiárias, incluindo os que detêm as notas
perpétuas emitidas em 2014.
Para o presidente da Odebrecht Óleo e Gás, Roberto Simões, o processo foi finalizado dentro do cronograma estabelecido, o que demonstra o recomeço da empresa e seu olhar para o futuro. “A reestruturação da dívida vai aumentar a liquidez e fortalecer a posição financeira de curto e longo prazo, com um equacionamento da estrutura de capital, de modo a que a empresa possa voltar a crescer, aproveitando as oportunidades a serem criadas com a retomada dos investimentos na indústria de óleo e gás no Brasil”, apontou.
O
acordo fechado, em relação aos títulos emitidos tendo por garantia as unidades
de perfuração da Odebrecht Óleo e Gás e suas subsidiárias, garante a troca das
Notas 2021 e Notas 2022, por novos papéis, com termos atualizados acompanhando
o atual fluxo de caixa dos ativos.
Já
os credores financeiros corporativos, inclusive, os detentores das notas
perpétuas emitidas em 2014, receberão novos títulos participativos perpétuos
que asseguram direito de participação em qualquer distribuição de dividendos da
OOG, em troca por seus créditos atuais.
Crise
A
Odebrecht Óleo e Gás foi criada em 2006 após a decisão do Grupo Odebrecht de
concentrar seus investimentos no setor na nova empresa de atuação no Brasil e
no exterior. A empresa pediu na Justiça recuperação judicial em maio deste ano.
Depois
que a Petrobras cancelou, em 2015, contratos de afretamento e operação da sonda
ODN Tay IV, que deveriam vigorar até 2020, final do prazo contratual, a OOG
vinha negociando com os detentores das Notas 2021 e das Notas 2022.
Edição: Davi
Oliveira