Gazetaweb - A operação desencadeada pela Polícia Federal (PF), que resultou na prisão de Erik da Silva Ferraz, na manhã desta quinta-feira (7), revelou que um pub localizado no bairro de Jatiúca, uma pizzaria no Conjunto Salvador Lyra e uma academia de ginástica no bairro da Serraria eram usados pelo grupo para lavar dinheiro em Alagoas. O suspeito morreu após ser baleado durante a operação. Erik Ferraz é considerado foragido da Justiça de São Paulo e, de acordo com a polícia, comandava um esquema criminoso com ramificação em Maceió e na Barra de São Miguel. Para mascarar as atividades, ele usava a identidade falsa de Bruno Augusto Ferreira Júnior e se passava por empresário bem sucedido no estado.
Nesta
manhã, agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensões nas empresas
investigadas e recolheram notas fiscais e documentos que supostamente podem
comprovar os crimes que são atribuídos ao suspeito.
Além
de lavar dinheiro com as empresas, a polícia diz que Erik Ferraz levada uma
vida de ostentação. Vídeos divulgados pela PF mostram a casa do suspeito em um
condomídio de luxo, carros importados, além de jóias e dinheiro.
OPERAÇÃO DUAS CARAS
Durante
a chamada "Operação Duas Caras" foram cumpridos nove mandados de
busca e apreensão, cinco mandados de prisão e três mandados de condução
coercitiva. Erik Ferraz teria resistido à ordem de prisão e acabou sendo
baleado. O suspeito foi socorrido e levado ao Hospital Geral do Estado (HGE),
no Trapiche da Barra, em Maceió, mas não resistiu e morreu.
A
ação policial contou com a participação de 60 policiais federais e 20 militares
do Bope. Os mandados foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital.
Segundo
nota divulgada pela PF, a ação teve como objetivo "reprimir a atuação de
organização criminosa constituída para promover ocultação de recursos
provenientes de crimes como homicídio, assalto e tráfico de drogas. O principal
investigado teria assumido uma identidade falsa e se radicado em Maceió".