Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) vai receber, pela
primeira vez, investimento dos Fundos Constitucionais e de Desenvolvimento, que
são responsabilidade do Ministério da Integração Nacional.
Mais de R$ 1 bilhão dos fundos
vai fortalecer a linha de financiamento a partir do próximo semestre, além de
estarem garantidas melhores condições aos estudantes, como juros baixos e longo
prazo de quitação.
De acordo o Ministério da Integração, a
distribuição dos recursos ficará assim: a região Nordeste receberá R$ 700
milhões, o Norte R$ 234 milhões, e o Centro-Oeste R$ 190 milhões, valores
decididos em reuniões do Conselho Deliberativo (Condel), das Superintendências
do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), do Nordeste (Sudene) e Centro-Oeste
(Sudeco). A destinação à educação foi determinada pela Medida Provisória 785,
em julho de 2017.
Cada um dos fundos vai poder reservar até 20%
do orçamento para novos contratos do Fies anualmente, e áreas com maior
necessidade de formação de profissionais vão ser o foco. "É um importante
incentivo para facilitar o acesso da juventude à educação, seja a graduação do
ensino superior, doutorado, mestrado ou pós-graduação", afirmou o ministro
da Integração Nacional, Helder Barbalho.
Novo Fies
Lançado em julho deste ano, o Novo Fies vai
garantir mais 310 mil vagas financiadas em instituições de ensino superior
particulares em todo o Brasil. A primeira faixa, chamada de Fies 1, vai trazer
financiamentos a juro zero para 100 mil vagas por ano, e é voltada para
estudantes com renda per capita mensal familiar de até três salários mínimos.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), as prestações vão ser de, no
máximo ,10% da renda mensal futura do aluno, e as verbas serão garantidas pela
União.
Já a segunda faixa tem ação regional:
assegurada pelos recursos dos Fundos Constitucionais do Norte, Nordeste e
Centro-Oeste, vai oferecer 150 mil contratos por ano, com juros máximos de 3%
para alunos com renda de até cinco salários mínimos. O Fies 3, com cerca de 60
mil vagas, vai atender o mesmo público-alvo, mas vai ser operado por
instituições financeiras privadas.
Com essas mudanças, o MEC vai conseguir
economizar, com taxas operacionais, no mínimo R$ 300 milhões por ano. As
inscrições para novos contratos estão previstas para a primeira quinzena de
fevereiro de 2018. Com informações do Portal Brasil.