7 Segundos - A Polícia Federal (PF) e o Ministério
Público Federal estiveram na manhã desta quinta-feira (30), na casa do
ex-governador Teotonio Vilela Filho. A PF cumpria mandados de busca e apreensão
decorrentes da ação policial denominada “Operação Caribidis". Onze mandados
foram expedidos pela 2ª Vara Federal de Alagoas em Maceió e também
nas cidades de Salvador/BA, Limeira/SP e Brasília/DF.
Entre os investigados, além do ex-governador, o ex-secretário de
Infraestrutura do Estado de Alagoas, Marco Fireman. Outros nomes ligados
aos citados também são alvo da PF.
Os policiais estiveram no prédio de Teotonio Vilela, um imóvel de
luxo localizado na Avenida Álvaro Otacílio, na Ponta Verde.
A ação tem o objetivo de complementar provas colhidas para
o inquérito policial instaurado com a finalidade de apurar suposta
prática de crimes de fraude em licitações, desvio de verbas públicas
(peculato), corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, todos
relacionados à obra dos lotes 3 e 4 do Canal do Sertão, trechos que cortam
Alagoas e que foram licitados durante governo Vilela, através
da Secretaria de Infraestrutura, entre os anos de 2009
e 2015.
O Supremo Tribunal Federal autorizou a Polícia Federal a utilizar provas
decorrentes de colaborações premiadas de pessoas relacionadas à Construtora
Norberto Odebrecht no aludido procedimento investigativo. A elas se somaram
relatórios do Tribunal de Contas da União, constatando sobrepreço em contrato
firmado entre o Governo de Alagoas e a referida empresa, no montante de R$ 33.931.699,46.
Também restou apurado na investigação a existência de acordo de divisão de
lotes da obra com a Construtora OAS.
Todo o material arrecadado será encaminhado à Superintendência da PF em Alagoas, onde será analisado. A soma das penas máximas atribuídas aos delitos citados pode chegar a 46 anos de prisão.