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06/06/2007 00:00:00

Polícia


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O corregedor-geral do Ministério Público de Alagoas, Lean Antônio Ferreira Araújo, publicou no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira o parecer sobre a acusação de pedofilia contra o promotor da Vara da Infância e da Juventude de Anadia, Carlos Fernando Barbosa de Araújo. Ele sugere a cassação do cargo de promotor de Justiça.

O promotor Varlos Fernando foi acusado pela própria filha de molestá-la sexualmente desde os 12 anos de idade. A denúncia foi feita quando a vítima já tinha 24 anos. Além da filha natural, uma enteada do promotor também o acusa de pedofilia.

O caso tramitou em segredo de justiça e foi publicada com exclusividade pelo Alagoas 24 Horas em outubro do ano passado.

No parecer do corregedor, o “indiciado/representado não tem as mínimas condições para continuar a exercer, por sua conduta pervertida, o nobre cargo de Promotor de Justiça”.

Lean Araújo propõe uma ação civil para a decretação da perda do cargo de promotor. Na tarde de hoje, o corregedor concede entrevista coletiva para prestar esclarecimento sobre o resultado do inquérito administrativo que apurou as denúncias.

Segundo a advogada das vítimas, Vânia Menezes, vai ser instaurado um procedimento penal para que o promotor responda criminalmente pelo crime de pedofilia. A denúncia no Ministério Público foi formalizado há um ano.

O parecer da Corregedoria do Ministério Público foi recebido com muita emoção pela família das vítimas. A ex-esposa de Carlos Fernando, chegou a chorar quando a reportagem leu a publicação do Diário Oficial.

“Temos ainda a ação criminal, mas esta já é uma grande vitória. A Justiça está sendo feita e temos a certeza de que ele vai ser punido. Queria agradecer ao trabalho da comissão do Ministério Público que investigou o caso. Eles foram éticos e descentes. Nosso primeiro medo, quando entramos com a ação, era de que esbarrasse no corporativismo, mas eles foram isentos. Esta primeira condenação vai ajudar bastante minha filha a, de certa forma, recuperar o trauma vivido e crescer acreditando que a Justiça existe”, ressaltou a mãe, sem querer ter o nome publicado.

Abuso

O abuso sexual só foi descoberto após a revelação feita pela filha de 24 anos do promotor. Temendo que a mesma agressão estivesse acontecendo com a menor de 13 anos - devido às semelhanças nos distúrbios emocionais -, ela revelou para a mãe ao que era submetida pelo pai.

As reações eram em conseqüência do sofrimento e da ameaça por parte do promotor, caso ela tentasse contar a alguém. Atualmente, a menor e a família são acompanhadas psicologicamente.

Além do registro da ocorrência de pedofilia, existe uma outra denúncia, desta vez da própria filha alegando ter sido espancada pelo pai. O promotor havia, segundo denúncia, tentado abusar mais uma vez da filha e, ao se negar ser tocada, chegou a espancar a vítima.

Por determinação da Justiça, para evitar o contato a sós com a filha natural, o promotor só poderia visitar os filhos nos finais de semana e na presença da esposa. Além de L.R.M. de M., no relacionamento com a ex-mulher, o promotor teve mais um casal de filhos.

Nesta tarde, os advogados das vítimas e a mãe de uma delas vão também conceder entrevista sobre o caso.

Fonte - www.alagoas24horas.com.br



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