G1-Al – O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) denunciou nesta quarta-feira (18) a situação precária da Delegacia de Igreja Nova, no interior do estado. Além da falta de condições de funcionamento, o sindicato também constatou um excesso de presos. Metade deles já foi transferida.
A reportagem do G1 entrou em contato com a assessoria de comunicação da Polícia Civil e aguarda um posicionamento sobre o caso.
De acordo com o presidente do sindicato, Ricardo Nazário, a delegacia não tem uma viatura, o que torna o local mais perigoso. “Sem a viatura, o policial não poderá fazer um socorro de preso, atender a população ou as demandas na delegacia”.
Além disso, a vistoria também constatou que havia um rato morto na cozinha, onde os policiais preparam seus alimentos, entulhos e materiais apreendidos, como motos e carros amontoados.
O policial que presta serviço na delegacia recebe apoio de um Guarda Civil para manter o local funcionando. “O sindicato interveio com o diretor da Área da Polícia para amenizar a situação, solicitando a retirada dos presos e o aumento do efetivo na delegacia”, afirma Nazário.
Anida segundo o Sindpol, a diretoria da Área da Polícia garantiu que na escala de plantão noturno da delegacia nenhum policial fica sozinho.
Sobre a superlotação, a delegacia tem vagas para 9 presos, mas estava com 22, incluindo um menor de idade, quando representantes do sindicato estiveram no local. Uma recomendação da Promotoria de Justiça de Igreja Nova determinava que a delegacia não recebesse novos presos até que a capacidade máxima fosse respeitada.
Junto à Direção da Área Policial, o sindicato conseguiu a transferência de 11 presos para o Sistema Prisional.
Há 20 dias, o promotor de Justiça do município realizou uma inspeção no local, e havia recomendado a retirada de presos por conta da impossibilidade de manter um número de detentos muito maior que a capacidade máxima permitida. Isso, ainda segundo ele, aumentaria o risco de rebeliões, fugas e mortes.
