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28/09/2008 00:00:00

Especiais


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O índice de quedas de motos registrado pelo Corpo de Bombeiros em São Paulo foi o único que não sofreu melhora significativa após a implantação da ‘lei seca’, em junho deste ano, de acordo com o tenente Marcos das Neves Palumbo. Somados, as quedas e os atropelamentos representaram nos meses de julho e agosto deste ano 33% dos atendimentos de acidentes de trânsito pelos bombeiros no estado.

De acordo com dados da corporação, no fim de semana anterior à implantação da lei que proíbe dirigir sob efeito de álcool, houve 137 acidentes de trânsito com vítimas na capital paulista. Esse número caiu para 77 no primeiro fim de semana da lei, uma queda de 56%.

Já em relação às quedas de motos, o número oscilou de 263 para 242, uma redução considerada dentro da média. Já no fim de semana dos dias 5 a 7 de setembro, os bombeiros atenderam a 349 ocorrências de queda de motos em São Paulo, contra 75 de acidentes com vítimas. “A lei seca não influenciou muito nesse tipo de acidente”, diz o tenente. 

Ele acredita que os motociclistas sabem que estão muito sujeito a quedas, por isso já não abusavam tanto do álcool. “Eu conheço pessoas que, quando saem de moto não bebem, mas, quando saem de carro, bebem. Uma pessoa para sair de moto e não sofrer acidente precisa mais de sorte, não é fácil a vida do motoqueiro”, afirma.

O motoboy Orestes da Silva, de 26 anos, diz que não bebe, mas percebe uma prudência maior nos motociclistas em relação à bebida alcoólica. “Uma pessoa alcoolizada em um carro já é perigoso, imagine em uma moto. Qualquer coisa você cai, não tem muita coisa para fazer. Por isso, o pessoal da moto acaba sendo mais prudente”, diz.

Silva dá sua opinião como uma vítima do álcool ao volante. Em 2004, a moto que ele pilotava foi atingida por um carro conduzido por um motorista embriagado em um cruzamento da Zona Sul de São Paulo. O resultado foi o braço esquerdo quebrado, cirurgia e seis pinos implantados. 

Números dos bombeiros

Em agosto, do total de 11.954 atendimentos a acidentes de trânsito pelos bombeiros no estado, 2.057 foram por atropelamento e 1.879 por queda de motos. No mês anterior, das 11.508 chamadas recebidas, 1.940 ocorreram por causa de atropelamentos e 1.863 pelas quedas de motos. Ocorrências que envolvem motociclistas e outros veículos, no entanto, entram na estatística dos bombeiros como “acidente de trânsito com vítima”.

com G1



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