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“A missão da Polícia Militar é fiscalizar as eleições procurando evitar incidentes à lei”. Com essa afirmação, o coronel da Polícia Militar Erivan de Lima, deu início a apresentação do plano de ação de segurança para as eleições municipais 2008. A apresentação aconteceu no Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL) e contou com a participação de autoridades, como o secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, o superintendente em exercício da Polícia Federal em Alagoas, delegado Nilton Ribeiro, o comandante do Exército, coronel Anísio David e o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Jadir Ferreira.

O coronel Erivan de Lima explicou que Alagoas será dividida em três áreas para recebimento de reforço militar durante as eleições. Para cobrir todo o território, a PM enviará 3.280 oficiais e praças da corporação.

Segundo o coronel, as cidades selecionadas para receber reforço militar são as mesmas onde historicamente são registradas as maiores ocorrências violentas durante as eleições.

A apresentação mostrou que os municípios serão agrupados da seguinte forma: ‘Área 1’ com todo grande Sertão englobando as cidades de Major Isidoro, Batalha, Jacaré dos Homens, Mata Grande, Água Branca, Inhapi, Canapi, Delmiro Gouveia e Pariconha; a ‘Área 2’ representa o Agreste e engloba Junqueiro, Teotônio Vilela, Campo Grande, Coruripe, São Braz, Paulo Jacinto, Minador do Negrão, Quebrangulo, Estrela de Alagoas, Igaci, Palmeira dos Índios e Belém; já a ‘Área 3’ abriga o Norte do Estado com os municípios de São Luiz do Quintude, Passo de Camaragibe, Matriz de Camaragibe, Japaratinga e Flexeiras.
 
Na capital

Na região da Grande Maceió os reforços policiais serão enviados para as cidades de Pilar, Messias, Rio Largo, Satuba, Coqueiro Seco, Santa Luzia do Norte, Barra de São Miguel e Marechal Deodoro. Esses municípios terão o total de 611 policiais militares de reforço.

O apoio militar também chegará a Paripueira e Barra de Santo Antônio, para onde devem seguir 141 policiais militares.

A capital alagoana também foi dividida em vários setores para o recebimento de forças de apoio.

Sem votar

Diante do questionamento do secretário Paulo Rubim em relação à impossibilidade de voto da maior parte dos militares, o desembargador-presidente do TRE, Estácio Gama, pediu que fosse encaminhada uma lista contendo os nomes dos policiais para que a relação seja distribuída para os juízes em cada cidade e o voto dos policiais seja justificado.

O presidente do TRE garantiu que o Tribunal está tomando atitudes veementes contra a compra e a venda de votos: “Aquele que tiver comprado voto na eleição, se ganhar e for descoberto o crime eleitoral, será afastado do cargo, e o eleitor que vender, se descoberto, poderá ser processado”.

A procuradora regional Niedja Kaspary parabenizou o secretário Paulo Rubim por suas ações e se disse confiante quanto ao plano de segurança criado para o pleito. “Que essas eleições sejam eleições limpas, que tenham esse diferencial”, disse.