25/04/2024 08:53:46

24/09/2008 00:00:00

Especiais


Especiais

A coordenadora do Núcleo de Defesa do Meio Ambiente do Ministério Público de Alagoas, em Maceió, promotora de Justiça Dalva Tenório, visitou na manhã desta quarta-feira a sede Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), para saber como estão sendo tratados os animais sob a guarda da instituição, em Maceió. Ela foi recebida pelo diretor do Centro de Triagem de Animais Silvestre (CETAS), Mário Daniel Sarmento de Morais, que e se colocou à disposição do MP alagoano.


No local, Dalva Tenório encontrou o carcará resgatado no interior do estado, pelo promotor de Justiça Givaldo Lessa, que encontrou o pássaro símbolo do Sertão sendo levado por um grupo de pessoas, com as asas cortadas e sinais de maus-tratos. “O colega parou as pessoas, pediu o carcará e entregou a ave dentro de uma caixa ao Ibama, para os cuidados necessários”, contou a promotora de Justiça. Para Dalva Tenório, atitudes como essa do promotor Givaldo Lessa devem servir de exemplo às autoridades e aos cidadãos em geral.

Na conversa com a veterinária do Ibama, a promotora ficou sabendo que o carcará estava com as asas cortadas para que fosse criado como animal doméstico. Segundo a veterinária, ele tem um comportamento muito dócil, por isso não pôde ficar junto com outros dois carcarás, que já estava no CETAS há mais tempo. “Tivemos que deixá-lo isolado, porque ele estava sendo atacado e corria o risco de ser morto pelos outros carcarás”, comentou o diretor do Centro, que fica na sede do Ibama, no Tabuleiro do Martins, em Maceió.

Segundo Daniel Sarmento, o CETAS abriga cerca de 200 animais silvestres, entre aves, mamíferos e répteis. A manutenção do Centro é feita com recursos federais, mas o Ibama de Alagoas recebe também doações para cuidar dos animais. “São doações que chegam por determinação da Justiça ou do Ministério Público, feitas por pessoas que cometeram crimes ambientais”, explicou o diretor do CETAS, agradecendo o apoio de juízes e promotores que transformam as multas que os infratores teria que pagar ao Estado, em doações para os animais sob a guarda do Ibama.

A promotora Dalva Tenório disse que as doações para o CETAS são importantes, mas lembrou que as multas por crimes ambientais, principalmente envolvendo animais, também podem ser revertidas em doações para o Centro de Controle de Zoonoses de Maceió e o Núcleo Educacional Ambiental São Francisco de Assis (Neafa). Segundo ela, tanto o CCZ como o Neafa recolhem, recebem e abrigam, por um determinado tempo, os animais abandonados, principalmente cães e gatos.

Adoção

Dalva Tenório destacou ainda que os animais silvestres apreendidos podem ser adotados por pessoas tenham condições de criá-los. Segundo a promotora, e entrega do animal é feita de acordo com os critérios estabelecidos pela Resolução 384, de 27 de dezembro de 2006, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). “A pessoa que for adotar um animal cedido pelo Ibama tem que assinar um termo de guarda, tornando-se fiel depositário do animal, comprometendo-se a cuidar dele com todo carinho e responsabilidade”, explicou a promotora de Justiça.

Ascom/ MP-AL



Enquete
Na Eleição de outubro, você votaria nos candidatos da situação ou da oposição?
Total de votos: 42
Notícias Agora
Google News