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12/09/2008 00:00:00

Saúde


Saúde

No dia em que Alagoas celebra a sua emancipação política (16 de setembro), a população terá mais um motivo para comemorar. É que nessa mesma data, a partir de 9h, o governo estadual vai inaugurar o Hospital Geral do Estado Prof. Osvaldo Brandão Vilela (HGE), com a presença do ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

O novo complexo hospitalar foi concluído através de convênio entre o Ministério da Saúde (MS) e o Governo do Estado, por meio do Programa QualiSUS, com a finalidade de suprir a demanda existente e oferecer um atendimento humanizado aos pacientes, principalmente de urgência e emergência, diminuindo a fila de espera por atendimento. Ao todo, o empreendimento representa um investimento de R$ 24 milhões.

 O HGE surgiu da junção entre o Hospital Escola José Carneiro (HEJC) e a Unidade de Emergência Dr. Armando Lages. As equipes encarregadas da transição estão trabalhando na transferência para o novo hospital, que acontecerá por etapas. O complexo vai disponibilizar 410 leitos, dos quais, 50 serão de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A Unidade de Emergência tinha 149 leitos, dos quais, 15 eram de UTI e o HEJC tinha 108 leitos.

Com arquitetura arrojada e moderna, o novo hospital geral vai minimizar a superlotação que hoje ocorre praticamente todos os dias na atual Unidade de Emergência Dr. Armando Lages, um problema estrutural. É essa a proposta do governador Teotônio Vilela Filho e do secretário de Estado da Saúde, André Valente.

Segundo o secretário André Valente, a conclusão do HGE está inserida no Provida, um programa especial de reestruturação e fortalecimento da rede hospitalar de urgência, garantindo acesso e atendimento adequado aos pacientes do SUS. A proposta do Provida é incentivar a estruturação de uma rede de urgência e emergência, em conformidade com a Política Nacional de Atenção Integral às Urgências (portaria GM 2048), respeitando a hierarquização da atenção à saúde, a integração entre as diversas unidades de saúde e o papel regulador do sistema exercido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

A nova proposta será estruturada nos municípios de Arapiraca, Palmeira dos Índios, São Miguel dos Campos, Penedo, Delmiro Gouveia, União dos Palmares e Viçosa. Os serviços de urgência pré-hospitalar fixa vão ser instrumentalizados e darão suporte e condições aos hospitais do interior do Estado para que somente os casos graves cheguem no novo hospital geral.
 
Área do novo hospital geral

Dentro da previsão do atendimento de urgência e emergência estão: Área Vermelha (pacientes graves); Área Amarela (pacientes em observação), Área Azul (menos grave) e Área Verde (Internação). Ao todo são 15 mil metros quadrados de área física.

Dentre os atendimentos estão: acolhimento, serviço social, classificação de risco, consultórios, pediatria, ortopedia, buco-maxilar, otorrino/oftalmo, aplicação de medicação, salas de observação, sala de curativo/sutura para adulto e pediátrico.

Nos setores de apoio ao diagnóstico e terapia o novo complexo hospitalar terá: laboratório de apoio (patologia clínica), raios-x, tomografia, endoscopia digestiva, ultra-sonografia, eletrocardiograma, ecocardiograma, centro cirúrgico em pavimento térreo e primeiro pavimento.
Além disso, o HGE disponibilizará serviços de acomodação para familiares e salas de psicologia, serviço social, nutrição, fisioterapia, ouvidoria, consultório, clinica de dor, enfermaria de alta médica, enfermaria de propedêutica e dois guarda-volumes para os pacientes.
 
Auditório

Já está totalmente pronto também um auditório com 128 lugares e área para coffee-break, biblioteca, 3 salas de aula e 2 salas para estudo de caso.  Na área de apoio administrativo, serviços clínicos, de enfermagem e técnico, o novo hospital terá as salas da Direção Geral e salas das coordenações.

No apoio logístico o hospital vai dispor de Serviços de Processamento de Roupas, Central de Administração de Materiais e Equipamentos; Manutenção; Necrotério; banheiros e vestiários para os servidores; Limpeza; Zeladoria; Segurança e Vigilância.

 
Nova forma de atender

Área de Acolhimento e Classificação de Risco. O Acolhimento é o modo de operar os processos de trabalho à saúde de forma a atender a todos que procuram os serviços, ouvindo seus pedidos, acolhendo, escutando e dando respostas adequadas aos usuários. Depois ocorre a classificação dos pacientes de acordo com o risco de vida, remetendo-os à área que melhor atenda ao seu caso. Ou seja, será feito o encaminhamento dependendo do grau de gravidade do paciente.

Área Vermelha: destinada ao atendimento de pacientes graves, a fim de que seja afastado o risco de morte. Representa a emergência e terá atendimento imediato.

Área Amarela: destinada à assistência de pacientes que precisam de atendimento médico e de enfermagem o mais rápido possível, porém não correm riscos imediatos de morte. Representa a urgência. A Área Amarela receberá, após seu primeiro atendimento, pacientes graves que precisam de cuidados semi-intensivos até seu encaminhamento para outra unidade de internação ou setor da instituição.

Área Azul: destinada aos pacientes não críticos, que não se enquadram nas situações das áreas Vermelha ou Amarela. Serão atendidos por ordem de chegada. A Área Azul será destinada às consultas simples e observação rápida. Onde ocorre o Acolhimento e a Classificação de Risco.

Área Verde: É o local de internação dos usuários no novo complexo hospitalar.
 

História da U.E

Inaugurada em 13 de julho 1979, a Unidade de Emergência atendia, em média, 100 pacientes diariamente e possuía 180 funcionários. Hoje, o hospital atende cerca de 350 pessoas ao dia, uma média de 12 mil pacientes por mês e tem 1600 servidores. Um dos principais objetivos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e a Gerência do hospital é reduzir a mortalidade e também prestar um serviço humanizado à população. Apesar de todos os problemas - diariamente o hospital enfrenta superlotação, um problema estrutural do país -, a Unidade de Emergência salva vidas todos os dias.

A Unidade de Emergência é reconhecida pelo Ministério da Saúde como hospital referência para o atendimento de queimados; em Unidade de Terapia Intensiva adulto e pediátrica, neurocirurgia e é a única emergência cardiológica do Sistema Único de Saúde (SUS).
Hoje, o hospital presta um serviço além de sua missão - que é atender traumas - recebendo a maioria dos casos clínicos do Estado. Ou seja, todo tipo de agravo (doença), desde pacientes com uma simples dor de barriga até traumas complexos. Logo após a inauguração, o hospital passou por uma fase de carência de profissionais capacitados para exercer as respectivas funções. Além disso, havia poucos medicamentos e outros materiais necessários para um atendimento digno à população.
 

por Assessoria

 



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