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11/09/2008 00:00:00

Especiais


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A juíza Emanuela Porangaba vem sofrendo tentativas de intimidação em virtude do trabalho desenvolvido na comarca de Piranhas. Ela pediu o apoio da Associação Alagoana de Magistrados (Almagis), que já tomou algumas providências. Na entrevista coletiva concedida nesta tarde, o presidente da entidade, Maurílio da Silva Ferraz, falou sobre o assunto e exigiu a conclusão das investigações.

 

Conforme o relato da juíza, o dia 11 de agosto foi a data do primeiro telefonema recebido por ela. A pessoa se passava por uma criança e dizia ser sua filha, mas a juíza percebeu que não se tratava da mesma voz e encerrou a ligação. Em seguida, recebeu nova ligação do mesmo número, que era de Aracaju. Desta vez, um homem falava de forma agressiva e dizia que iria autografar a menina. Segundo ela, os telefonemas continuaram. 

 

Emanuela Porangaba contou ao presidente da Almagis que três dias após receber essas ligações, um novo episódio ocorreu. Ao sair da comarca de Piranhas em direção a Maceió, ela percebeu que no trecho que liga Piranhas a Olho D’Água do Casado havia uma motocicleta estacionada. Estranhando as ligações, o fato lhe chamou a atenção. A magistrada também observou que tinha outra moto acompanhando-a. Ela fez a ultrapassagem, mas o indivíduo postou-se de forma provocativa, razão pela qual acelerou o automóvel e passou por cima do pneu da motocicleta.

 

Após narrar esses acontecimentos, Maurílio Ferraz disse que encaminhou ofícios e procurou os órgãos judiciais e de segurança pública. A juíza já está sendo monitorada pelas polícias, dispondo também de segurança pessoal. As investigações ainda não foram concluídas e por isso não puderam ser reveladas pelos juízes da 17ª Vara Criminal da Capital, juízes Rodolfo Gatto e Maurício Brêda, que também estavam presentes na coletiva.

 

Perguntado se a magistratura teria informação de onde partiram as ameaças, Ferraz disse não saber, pois a magistrada atua tanto na justiça eleitoral quanto na comum. “Em todo período eleitoral os ânimos se acirram e os interesses se afloram com veemência. Não dá para vincular esse episódio a uma causa política”, ponderou, acrescentando que a situação é “gravíssima” e a Diretoria da entidade está acompanhando o caso e exigindo a investigação completa



Fonte: Almagis

 



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