Polícia

Na manhã de hoje, a Polícia Federal reuniu a imprensa para dar maiores detalhes sobre a Operação Coroa. A coletiva foi concedida pelo Superintendente da Polícia Federal em Alagoas, José Pinto de Luna, e o Delegado Regional Executivo, Nilton César Ribeiro, que informou para a imprensa todos os detalhes da investigação, o combate ao esquema que distribuía drogas em Alagoas e Pernambuco, por mais de dez anos.

A quadrilha era organizada e comandada pelos reeducandos Osvaldo Souza Santos ( Coroa) e Índio. Mesmo detidos no sistema prisional, os dois lideravam as ações. A droga era levada para uma chácara em Lagoa dos Gatos, após chegar ao Brasil, de Ponta Porã, fronteira com o Paraguai. Além da prisão dos reeducandos, a advogada de defesa dos mesmo, Mary Ane , foi presa quando estava na sede da Polícia Federal, para defender um dos seus clientes, que já estava preso. Mary Ane é acusada de quebra de sigilo profissional, formação de quadrilha e corrupção ativa.

A operação prendeu ainda um químico, vindo da região Sudeste, responsável pelo manuseamento da droga. Pelo trabalho, ele recebia cerca de R$ 80 mil. Seis prisões foram efetuadas em Maceió e outras duas pessoas já estavam recolhidas (Osvaldo e Índio)

Cerca de 29 quilos de crack foram apreendidos numa chácara, em Pernambuco, além de R$ 79 mil, dois carros (uma Frontier e um Golf), três motos, computadores, máquina digital (com fotos de crianças sem roupa). O superintendente Pinto de Luna informou que um dos integrantes da quadrilha foi indiciado por pedofilia.

Desde março, foram realizados ainda três flagrantes com a mesma quadrilha. Com eles foram apreendidos quatro quilos de cocaína, dois quilos de pasta base de cocaína (que podem ser usados para fazer 10 quilos de cocaína ou 16 quilos de crack), 16 quilos de crack e R$ 24.500 em dinheiro.