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09/09/2008 00:00:00

Educação


Educação

O Ministério da Educação divulgou ontem o ranking com as melhores e piores instituição públicas e particulares de ensino do país. Para a supresa negativa dos alagoanos, a Uncisal foi consideram a pior universidade pública do país. Já a melhor, foi a Unifesp - Universidade Federal de São Paulo. Ironicamente, há duas semanas a direção da universidade renunciou após denúncias de uso indevido de dinheiro público. Para a pró-reitora, a pesquisa é um dos pontos mais fortes da instituição.

“Além de nós termos excelentes alunos, professores muito bons e muito competentes, nós temos professores que fazem pesquisa, eu acho que isso dá uma coisa muito importante para os alunos vivenciarem esse ambiente universitário”, fala Lúcia de Oliveira Sampaio, pró-reitora de graduação/Unifesp.

O reitor da Uncisal, que teve a pior colocação entre as universidades públicas, justificou o resultado dizendo que metade dos cursos da instituição não possui nota do Enade e a universidade está ainda implantando a pós-graduação.

No ranking das melhores, após a Unifesp, está a Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Em terceiro lugar a Federal de Viçosa, seguida da Universidade Federal de Minas Gerais e da Federal do Rio Grande do Sul.

A USP e a Unicamp ficaram fora do novo ranking do Ministério da Educação porque elas não participaram do Enade - Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes.

Por serem estaduais, a participação era opcional. O Enade faz parte da base de cálculo do IGC - Índice Geral de Cursos, que a partir de agora servirá de base para a avaliação das instituições de ensino superior.

Além do desempenho dos alunos, o índice leva em conta também a estrutura física das instituições, como laboratórios e bibliotecas e o número de professores com mestrado e doutorado.

O exame avaliou também os centros universitários e faculdades. Os resultados aparecem num ranking à parte.

Entre os centros, os três primeiros são os Centros Federais de Educação Tecnológica de Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Bambuí, Minas Gerais e entre as faculdades, a Escola Brasileira de Economia e Finanças, do Rio de Janeiro, Faculdade de Odontologia São Leopoldo, de São Paulo e Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas, do Rio de Janeiro, todas privadas.

As instituições de ensino com as piores notas serão obrigadas a melhorar o desempenho no ano que vem. Caso contrário, as sanções poderão chegar até a proibição de realizar novos vestibulares.

“Uma ou outra instituição pode até ser descredenciada depois, dependendo do julgamento do conselho nacional de educação que é o órgão que dará a última palavra sobre isso”, diz Fernando Haddad, ministro da Educação.

Desempenho das instituições privadas

A PUC do Rio de Janeiro é a melhor colocada entre as universidades particulares do país. Ficou em 9 º lugar no ranking do MEC.

A PUC do Rio existe há 68 anos. Ao longo do tempo, a universidade consolidou o que é hoje uma de suas principais características, o empenho para manter um corpo de professores de primeira categoria.

“Os professores não são professores "da pós-graduação", não são professores pesquisadores. São professores da universidade. Isso nos obriga a uma convivência, e a interdisciplinaridade, a interação entre os diversos ramos do saber, isso é fundamental”, explica padre Jesus Hortal Sánchez, reitor PUC-RJ.

A PUC Rio e a PUC São Paulo são as duas únicas instituições privadas a aparecer entre as 40 melhores universidades, segundo o "Índice Geral de Cursos".

Já entre as 40 piores, 33 são universidades particulares.

A pior de todas, de acordo com o ranking, é a Universidade Iguaçu, na Baixada Fluminense.

“Essa nota é um guia, é um orientador, tanto pra estudantes que vão poder escolher melhor suas instituições, quanto para os avaliadores do Ministério da Educação. Eles agora farão a visita de posse de indicadores objetivos que servirão de guia para que ele faça um julgamento mais criterioso das instituições”, conclui Fernando Haddad, ministro da Educação.

Segundo o reitor da Universidade Iguaçu, Júlio César da Silva, para que o IGC possa valer como uma "avaliação das universidades", o MEC deveria levar em conta outros elementos além do resultado do Enade. Mas o reitor considerou o trabalho importante e um estímulo à busca de qualidade.

Fonte: G1



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