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09/09/2008 00:00:00

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Possivelmente vítima de uma anestesia mal aplicada há cerca de duas décadas, quando se submeteu a uma cirurgia, a psicóloga e terapeuta aposentada Simone Holanda Cavalcante Costa (45) vem enfrentando um pesadelo. Nos últimos dois anos, por conta do desencadeamento de uma obesidade mórbida, Simone se transformou numa mulher dependente, sobrevivendo em cima de uma cama por não ter mais condições físicas para se locomover.

De acordo com Orlando Costa, marido da psicóloga arapiraquense, o problema ainda foi agravado por conta dos excessos de corticóides e complexo B ingeridos por Simone após a cirurgia. Passando 24 horas deitada, por conta dos cerca de 200 quilos, o problema de saúde da psicóloga arapiraquense se transformou num desafio para a medicina.

Simone já se submeteu a vários exames médicos, que descartaram a possibilidade dela realizar uma cirurgia para redução de estômago, o que significaria um grande risco para a sua saúde, inclusive com grandes chances dela não sobreviver.

Atualmente, Simone se encontra internada em um dos leitos do Hospital Santa Maria, em Arapiraca, e, de acordo com informações de seu marido, a cada dia vem ganhando mais peso, atingindo uma média de 500 gramas a um quilo por mês. “Minha esposa não come em demasia, mas se alimenta normalmente, porém, mesmo assim, continua ganhando peso gradativamente”, disse Orlando Costa.

Familiares de Simone já procuraram, inclusive, o Hospital Universitário de Maceió, o único no Estado de Alagoas a realizar cirurgias de redução de estômago. Lá foram informados que a psicóloga precisa se submeter a uma avaliação para saber qual a causa determinante da obesidade mórbida.

Preocupação

Para a família de Simone a preocupação ainda é maior, pelo fato de saber que em breve ela estará recebendo alta médica e não ter condições de permanecer em casa por conta da falta de estrutura médica. “Ela tem problema respiratório e necessita ter em casa um cilindro de oxigênio, caso necessite respirar através do aparelho”, disse Orlando.

Em decorrência do problema respiratório, a paciente já sofreu várias paradas respiratórias e permaneceu durante 19 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e, atualmente, passa a maior parte do dia respirando com o auxílio de oxigênio.

“Hoje o meu único sonho hoje é poder ver a minha mulher ter uma vida normal e saudável, assim como era antigamente, quando tinha apenas 50 quilos”, desabafou, bastante emocionado, Orlando Costa.

Para o marido da paciente, que também atua na área da psicologia e atualmente se encontra desempregado, o governo do Estado, através da secretaria de Saúde, tem dado todo o apoio necessário, principalmente no que diz respeito ao tratamento.


por Jornal Alagoas em Tempo



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