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01/09/2008 00:00:00

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Um nigeriano de 84 anos casado com 86 mulheres aceitou neste final de semana cumprir com um decreto islâmico que ordena que ele se divorcie da maioria de suas esposas, mantendo apenas quatro, informaram autoridades locais à BBC. Na semana passada, um dos principais grupos islâmicos na Nigéria, o Jamatu Nasril Islam, condenou Mohammed Bello Abubakar à morte por causa do número excessivo de esposas que ele mantinha.


A sentença foi retirada, mas as autoridades ameaçaram despejar o ex-professor e pregador muçulmano de sua casa caso ele não se divorciasse. Líderes religiosos locais decidiram que um homem pode ter até quatro mulheres, desde que demonstre ter condições de dar o mesmo tratamento a todas elas.

Bello Abubakar, entretanto, desafiou as autoridades, dizendo que o Alcorão não prevê nenhuma punição para quem tem um número maior de mulheres. "Deus não disse qual deveria ser a punição para um homem com mais de quatro mulheres, mas ele foi específico sobre punições para fornicação e adultério", disse "Baba", como é conhecido, em uma entrevista à BBC, quando seu caso foi parar nos jornais no início do mês.

Para as autoridades islâmicas na Nigéria, Bello Abubakar - que tem 170 filhos com suas esposas - formou um culto, não uma família. Há duas semanas, as autoridades deram um ultimato ao nigeriano, afirmando que ele deveria deixar 82 de suas mulheres em apenas três dias.

Ao concordar com os divórcios, Abubakar pediu às autoridades uma extensão do prazo para devolver as mulheres aos seus pais, alegando que não poderia deixar as esposas tão repentinamente. "Tenho filhos com todas as minhas esposas e estou casado há mais de 30 anos com várias delas. Como eles podem esperar que eu consiga deixá-las em dois dias?", disse ele aos jornais locais.

As autoridades concordaram com o pedido de Abubakar para que ele tenha mais tempo de deixar as esposas. A Nigéria é um dos países de maioria muçulmana que reintroduziram punições com base na Sharia, a lei islâmica, em 2000. Muitas pessoas foram condenadas à morte por adultério em tribunais da Sharia desde então, embora nenhuma das sentenças tenha sido executada.

BBC


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