Polícia

Os delegados Aylton Soares Prazeres e Gilberto Luiz Ferreira França se apresentaram na sede da Polícia Civil, em Jacarecica, na manhã desta segunda-feira (25). Eles estão com prisão temporária decretada, por 30 dias, pelo juiz Durval Mendonça Júnior, da Comarca de Santana do Ipanema.

Por decisão do delegado geral da PC, Marcílio Barenco, os dois delegados foram levados para Delegacia de Repressão ao Narcotráfico (DRN), onde cumprirão a ordem judicial.

A representação pela prisão de Aylton Prazeres e Gilberto França foi formulada pelo Ministério Público (MP), com base em procedimento instaurado para apurar crime de homicídio praticado no dia 10 de junho de 2005, naquele município, que resultou como vítima Roberto Pedro Martins de Araújo, mais conhecido por “Timba”.

Segundo apuraram os promotores, a vítima pode ter sido assassinada para não testemunhar no caso Cícero Neto Silva, o “Taruga”, pelo qual os dois delegados foram denunciados por crime de homicídio qualificado. No entender do juiz, há a possibilidade do crime ter sido praticado para assegurar a impunidade dos agentes públicos.

De acordo com o juiz, “vislumbra-se dos autos que vinte dias após o assassinato de Cícero Neto da Silva (ocorrido em 20 de maio de 2005), crime atribuído em denúncia aos representados, que teriam localizado e perseguido a vítima, pelo fato da mesma se encontrar num veículo roubado, e haver exigência da Direção da Polícia Civil quanto a apreensão do dito veículo, veio também a tombar assassinado a vítima da presente apuração: Roberto Pedro Martins de Araújo, mais conhecido por “Timba”.

“Nesta investigação emerge que um dos investigados, Aylton Soares, solicitara a pintura do dito carro roubado a “Timba”, antes dele ter ido parar nas mãos de Cícero Neto Silva”, destaca o magistrado. Assim é que Roberto Martins aparece em tal contexto como importante testemunha para o desvendamento da autoria daquele primeiro homicídio; só que antes mesmo de ser ouvido em fase policial acabou igualmente assassinado.

O delegado geral da Polícia Civil, Marcílio Barenco, determinou que delegados no Nirco – Núcleo de Investigação e Repressão a Criminalidade Organizada - apurem o crime em caráter especial.