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31/05/2007 00:00:00

Política


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A secretaria-geral do Senado informou que já enviou ao Conselho de Ética a decisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de devolver por conta própria a representação contra ele pelas denúncias de ligação com lobista de uma empreiteira.

Anteriormente, a secretaria havia informado aos jornalistas que a decisão de Renan deveria passar pelo aval dos outros integrantes da mesa, nem que fosse apenas para subscrever a sua atitude, sem a necessidade de uma reunião.

Segundo a secretária-geral do Senado, Cláudia Lira, como Renan, além de presidente do Senado, é o próprio investigado, seu despacho direto ao Conselho de Ética tem validade. "No meu entender, vale e já enviei ao Conselho de Ética", afirmou ao G1.

Renan devolveu a representação ao Conselho de Ética assim que recebeu do presidente do órgão, Sibá Machado (PT-AC), o documento do PSOL pedindo processo contra ele pelas denúncias de ligação com lobista de uma empreiteira. " "Acabo de despachar para o conselho para que não percamos tempo", afirmou o senador ainda em plenário.

Sibá Machado devolveu à mesa diretora a representação do PSOL alegando que o artigo 14 do Código de Ética do Senado diz que a representação deve ser, primeiramente, entregue à mesa, que a repassa ao conselho depois de avaliar sua "admissibilidade". Isso porque o PSOL entregou o pedido no próprio conselho na terça-feira (29).

A postura de Sibá foi apoiada por colegas de Conselho de Ética presentes à sessão desta quinta, como Renato Casagrande (PSB-ES) e Heráclito Fortes (DEM-PI). Para eles, Sibá cumpriu o regimento e evitou que Renan pudesse contestar o processo futuramente.

 

Já o senador Pedro Simon (PMDB-RS) voltou a pedir o afastamento do presidente do Senado. "Renan não pode presidir uma mesa diretora que avalia uma representação contra ele. Ele precisa pedir licença", disse, antes de Renan devolver a representação ao conselho.

O Conselho de Ética volta a se reunir na próxima quarta (6), quando pode dar início ao processo contra Renan. Os integrantes do órgão esperam receber na quarta um relatório preliminar do corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), sobre o caso.

Tuma afirmou nesta quinta que não tem a intenção de preparar um relatório contra Renan. "Não quero condená-lo, quero absolvê-lo. Mas quero ter certeza de que ele não vai ser pego na primeira esquina", afirmou Tuma aos jornalistas pouco antes de viajar para São Paulo.

De acordo com Tuma, a documentação entregue por Renan na quarta (30) sobre sua movimentação financeira o ajuda a rebater as acusações. "A documentação é favorável", disse o corregedor, responsável por uma investigação preliminar sobre Renan que será repassada ao Conselho de Ética.

Fonte G1



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