26/04/2024 06:31:03

26/07/2008 00:00:00

Municípios


Municípios
A suplente de vereador do município de Igaci, Marli Rocha Pereira (PPS), que obteve apenas um voto na eleição de 2004, tomou posse na última terça-feira (22) na Câmara Municipal. Este foi o segundo fato ocorrido no país. O primeiro ocorreu no mês passado, no município piauiense de Pau D’arco, onde a também suplente de vereador, Carmem Lúcia Portela Santos (PSB), assumiu o cargo com a mesma votação.
 
Marli Rocha Pereira alega ter se candidatado sem maiores pretensões, apenas para fortalecer a candidatura do esposo, Itamar Torres, que também se candidatou pelo PPS e obteve 419 votos, ficando na segunda suplência.
 
Bom conhecedor da política, Itamar Torres já exerceu o cargo de vereador no município por três mandatos e conquistou os votos de toda a família, inclusive o da esposa e candidata Marli Pereira. “Nem eu votei em mim. Até agora não sei quem me creditou este importante voto, que hoje fez a diferença para minha condução ao Legislativo Municipal”, disse a então vereadora Marli Rocha Pereira.
 
A crescente escalada de sorte da então vereadora começou após o início de um trágico efeito dominó que começou derrubando o vereador eleito Cícero Anacleto (631 votos) e, posteriormente, seus nove suplentes. Anacleto teve o cargo cassado por infidelidade partidária.
 
Após a cassação assumiria a vaga Mauro Nascimento (488 votos) que também foi cassado pelo mesmo crime. A segunda suplência seria do esposo de Marli Pereira, Itamar Torres (419), que também perdeu o mandato por infidelidade partidária.
 
O terceiro suplente, Adelson Dantas (122), foi cassado por não ter prestado contas de sua candidatura. A vaga seria então herdada pelo quarto suplente, Valdomiro Costa (118), também punido por infidelidade partidária. O mesmo aconteceu com o quinto e sexto suplentes, Uilson Tenório (108) e Vô (76), que não tiveram o gostinho de assumir o cargo pela prática do mesmo crime eleitoral.
 

A sorte parecia estar mesmo ao lado de Marli Rocha, quando o sétimo suplente, Genivaldo Vital (49), apesar de não estar envolvido em crime de infidelidade partidária, faleceu logo após as eleições e não pôde assumir. O oitavo suplente, Ednalva Ferreira (48), não prestou conta da campanha e também foi outra que perdeu a vez. A nona suplência, que seria de João Jerônimo (22), foi perdida também por crime de infidelidade.

Chegou então a vez da professora aposentada do município Marli Rocha Pereira, de 52 anos de idade, casada e mãe de quatro filhos ser convocada para a missão de representar o povo em uma das cadeiras da Câmara Municipal de Igaci. Ainda bastante surpresa com o episódio, que parecia ser impossível, a nova vereadora diz que ainda não está acreditando no que está acontecendo.

 
“A ficha ainda não caiu na minha cabeça. É muito complicado um candidato receber apenas um voto, ficar na décima suplência do partido e três anos e sete meses depois ser convocado para assumir o cargo. É uma oportunidade que caiu no meu colo”, disse a vereadora.
 
Marli reconhece que esses cinco meses que ainda restam não são suficientes para executar grandes projetos, mas garante que irá aproveitar minuto a minuto de seu mandato para lutar em favor dos mais carentes. “Uma das minhas maiores preocupações é tentar proporcionar melhor qualidade de vida para as crianças carentes de Igaci. Sei que o tempo vai ser meu grande inimigo, mas vou trabalhar o máximo para retribuir o voto que me foi creditado, literalmente”, finalizou.

com alagoasemtemporeal // adalberto custodio



Enquete
Na Eleição de outubro, você votaria nos candidatos da situação ou da oposição?
Total de votos: 43
Notícias Agora
Google News