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06/06/2008 00:00:00

Polícia


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O titular da 11ª Vara Criminal de Execuções Penais da Capital, Antônio José Bittencourt Araújo, procurou a Associação Alagoana de Magistrados (Almagis) dizendo ter sido ameaçado de morte por meio de um telefonema recebido na manhã desta sexta-feira, 6, no Fórum da Capital. Segundo o magistrado, o indivíduo identificado como Ronaldo Barbosa disse que o juiz estava sendo injusto mantendo-o preso.

O juiz informou que minutos após receber a ligação foi chamado pelos juízes da 17ª Vara Criminal da Capital, os quais noticiaram que a vara também havia recebido um telefonema suspeito. Na ligação, um soldado narrava detalhadamente ao juiz Antonio Dória que teria visto um preso utilizando um orelhão do “Presídio Militar” no mesmo momento da ligação feita a Bittencourt.

“Dr. Antônio Bittencourt, o senhor está sendo injusto comigo, o senhor sabe que eu não fico preso aqui no presídio militar e quando eu conseguir dar uma saidinha a gente vai ter uma conversa”, contou o juiz, afirmando que o preso teria continuado a conversa: “me aguarde, pois vamos nos encontrar em breve e o senhor vai ver”.

Além da Almagis, o juiz também encaminhou expedientes às instituições ligadas à segurança pública solicitando a adoção de providências. Ele pede que seja quebrado o sigilo telefônico do cartório da 11ª Vara e a participação da 17ª Vara Criminal no acompanhamento do processo que envolve o soldado PM Ronaldo Barbosa da Silva, inclusive na audiência designada para o dia 12 deste mês.

Ofício

"Informo a Vossas Excelências que na data de hoje, entre 09:00 e 10:00 horas da manhã, o cartório desta 11ª vara Criminal recebeu um telefonema atendido pela analista judiciária Maria Taciane Vieira Carlos, a qual me informou que tinha uma pessoa de nome RONALDO BARBOSA querendo falar com este Juiz.

Em ato contínuo, me dirigi ao aparelho telefônico e ao atender a pessoa que se identificou como tal, a mesma disse o seguinte: “Dr. Antônio Bittencourt, o senhor está sendo injusto comigo, o senhor sabe que eu não fico preso aqui no presídio militar e quando eu conseguir dar uma saidinha a gente vai ter uma conversa”, tendo sido respondido por mim: “ o senhor não tem advogados, mande recorrer das minhas decisões”. Tendo ele revidado: “Me aguarde, pois vamos nos encontrar em breve e o senhor vai ver”. No que lhe respondo: “O senhor está acostumado a matar gente, eu não, porém, o risco que corre o pau, corre o machado”. Tendo o outro interlocutor desligado o telefone.

Diante de tal telefonema estou comunicando a Vossas Excelências o acontecido, solicitando as seguintes providências:

Seja quebrado o sigilo telefônico do número do cartório desta vara (3218-3593), no referido dia e horário, para a identificação do número utilizado pelo interlocutor, bem como o local de onde fora realizada a mencionada ligação;

A participação desta 17ª VCC no acompanhamento de todos os atos do processo nº001.03.010020-9, em que figura como condenado o SD. PM. RONALDO BARBOSA DA SILVA, RGPM 04.762/994-AL, inclusive na audiência designado Por este Juízo para ouvir o mesmo no dia 12 do corrente mês e ano, às 15h.

Informo, por fim, que estavam presentes no cartório no momento em que atendia a ligação além da mencionada analista judiciária, o estagiário Francys Nilo Souza Guimarães e o assessor David Lavor Fidélis."

Fonte: Assessoria/Almagis



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