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06/06/2008 00:00:00

Polícia


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O assassinato do vereador por Novo Lino, Cosme Soares, e o atentado sofrido pelo procurador federal do INSS e candidato à Prefeitura de União dos Palmares, Emanuel Paulo da Silva, o Paulo do PT, em Murici estão preocupando a Polícia Federal. O superintendente do órgão em Alagoas, José Pinto de Luna disse que a PF entrou nas investigações na tentativa de coibir que a “briga política” se transforme em uma “carnificina” na guerra que antecede as eleições.

Sobre a morte de Cosme, Luna afirmou que Polícia Federal já está apurando o caso para saber como tudo aconteceu. Ele informou que há detalhes da investigação que não podem ser revelados, mas adiantou que os culpados, não importa quem sejam, serão presos. Luna adiantou ainda que estão sendo montadas barreiras, em um trabalho conjunto das Polícias Federal, Militar, Civil e Rodoviária Federal, nas saídas de Novo Lino e cidades vizinhas para se evitar novos conflitos, além de fazer uma cobertura maior de toda a região.

“O que temos de informação é que o pessoal do Cosme quer pegar o pessoal do Lula Soares. O pior de tudo é que todos são parentes. O que sabemos também é que foram pessoas ligadas ao Lula que atraíram o Cosme para uma armadilha e depois ele foi assassinado. Parece que a gente abriu o armário e saiu o monstro, porque eu já ouvi muitas histórias desse Lula Soares. A gente vai entrar no caso para evitar que coisas piores aconteçam. A Polícia Federal vai coibir carnificina no período pré-eleitoral em Alagoas. Se os ânimos estão inflamados, pra que deixar piorar? Temos que intervir”, declarou Luna.

Em relação ao atentado contra Paulo do PT, o superintendente da Polícia Federal em Alagoas disse que ainda não começou a apurar, já que não recebeu nenhuma informação, mas garantiu que irá solicitar cópia de depoimentos colhidos pela Polícia Civil para traçar uma ligação ou não do caso com questão política.

“Eu não tenho mais detalhes, mas vamos procurar novas informações. Mas, essa questão é séria, nós temos que nos meter. A Polícia trabalha sempre nas surpresas. A gente não espera que um pleito eleitoral seja assim e olhe que ainda estamos em junho. Em cidades do interior de Minas Gerais e São Paulo, por exemplo, não vemos esse tipo de coisa, como estamos observando aqui, as pessoas se matando por política”, afirmou Luna.

Acompanhamento

O deputado Judson Cabral (PT) disse que está acompanhando o atentado contra Paulo e disse que irá cobrar celeridade da Polícia para que os culpados sejam conhecidos. Ele afirmou ainda que é prematuro “seria inconseqüente” nesse momento apontar os responsáveis pelo fato, antes que a investigação policial seja concluída.

“Nós estamos vendo de perto tudo o que está acontecendo. Conversei com o Paulo e ele disse que quando aconteceu o atentado, ele havia saído de uma reunião para discutir sobre as questões da candidatura a prefeito. Não sabemos se foi um crime político, mas há muitas coincidências que nos levam a crer que o que aconteceu teve essa motivação. Há fortes indícios que nos levam a acreditar que foi uma ação política, mas vamos aguardar as investigações”, ponderou Judson.

Para o petista, o que aconteceu reflete a grave situação na qual o estado se encontra. Sobre a morte de Cosme Soares, o deputado lembrou que a vítima já vinha sido ameaçada e, inclusive, solicitou proteção policial temendo ser assassinada. “Vivemos em um estado onde quando as coisas não se resolvem na intimidação, se resolvem na bala”, concluiu o parlamentar.


com alemtemporeal // teresa cristina

 



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