Saúde

Desde o início deste ano, o Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NVE) do Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA) já registrou mais de 1.100 atendimentos a pacientes atacados por animais peçonhentos. Em comparação ao mesmo período do ano passado, com 990 casos, o atual número representa um crescimento de 13%, no entanto, sem óbitos. Referência em doenças infecto-contagiosas, o HEHA, unidade hospitalar da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), é também a principal instituição de saúde do Estado no tratamento de picadas de animais peçonhentos.

De acordo com Gilberto Salustiano, infectologista do HEHA, a maioria dos casos é relativa a picadas de escorpião, encontrado mais comumente em ambientes com pouca higiene. Vergel do Lago, Trapiche da Barra e Tabuleiro são bairros de Maceió com o mais alto número de pessoas atacadas pelo inseto, especialmente pelo excesso de lixo e entulho encontrado nas ruas. “As picadas de escorpião são mais graves em crianças abaixo de dois anos e em pacientes idosos que apresentem quadros de diabete, problemas cardíacos e asmáticos”, esclarece o infectologista.

Quadros de picadas de cobra, por sua vez, são em geral provenientes do interior, principalmente de regiões próximas a matas. “A cobra mais comum no ataque a pessoas é a Jararaca, pois ela geralmente fica próxima ao calor das residências”, explica Gilberto, acrescentando que a vítima deve ser encaminhada rapidamente ao Helvio Auto. “É comum nos casos de picadas de escorpiões e cobras as pessoas acharem que podem melhorar a ferida passando alho, porém, o alho acaba causando queimaduras, piorando a região da picada”, orienta ele. “O melhor para aliviar a dor é passar gelo”, finaliza.

Os bairros com maior número de casos de ataques de escorpião em Maceió atendidos no HEHA - de janeiro a maio de 2008 - são Vergel do Lago, com 96 situações, Trapiche da Barra (75), Tabuleiro dos Martins (71), Jacintinho (59), Ponta Grossa (54) e Poço (51).

Fonte: Ascom Uncisal