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13/05/2008 00:00:00

Polícia


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A Delegacia Geral da Polícia Civil divulgou nesta terça-feira (13) os dados estatísticos relativos aos crimes de homicídio ocorridos em Alagoas, no mês de abril. O documento confirma a redução no número de assassinatos em todo o Estado.

Em Maceió, a queda foi de 11,34%. No mês de março, foram registrados 97 homicídios na Capital, caindo esse número para 86, em abril (Veja Quadro 3). No interior, a redução foi de 25% - 116 homicídios no mês de março, e 87, em abril.

Os dados mostram um significativo decréscimo em Arapiraca, a segunda maior cidade em termos populacionais e de desenvolvimento econômico do Estado. O estudo revela que foram 18 os crimes de morte ocorridos em março, enquanto aconteceram oito, em abril – uma queda superior a 50%.

De acordo com o trabalho elaborado pela Diretoria de Estatística e Informática (Deinfo), da Polícia Civil, os bairros mais violentos em Maceió, no mês de abril, foram Tabuleiro e Benedito Bentes com 15 assassinatos, seguidos do Vergel do Lago, com 9; Feitosa e Jacintinho, com 6 (Veja Quadro 1). A soma de 51 homicídios nesses bairros representa 59% do total registrado na cidade.

O levantamento aponta que a maioria (72) dos assassinatos é praticada por arma de fogo. Os casos por arma branca foram 8 e, por outros tipos de instrumento, apenas 6. Os homens ainda são as maiores vítimas. Foram 83 vítimas do sexo masculino e 3, do feminino.

Os jovens representam também a maioria das vítimas. Para se ter uma idéia, somente nos bairros de maior incidência de crimes, dos 51 assassinatos, 20 atingiram pessoas de 18 a 24 anos.

Dos 86 assassinatos, constatou-se que os dias da semana, em abril, onde existe o maior número de ocorrências são: sexta (17), sábado (14) e domingo (19).

Os municípios de Arapiraca, Teotônio Vilela e União dos Palmares lideram o ranking dos mais violentos, no interior, com 8 casos, cada (Veja Quadro 2). São seguidos por Marechal Deodoro, 6; Palmeira dos Índios e São Miguel dos Campos, 5; Delmiro Gouveia, 4; Penedo, Rio Largo e São José da Tapera, 3; Atalaia, Coruripe, Messias, Novo Lino, Paripueira e Piranhas, 2. Santana do Ipanema, Campo Alegre, Canapi, Feira Grande, Flexeiras, Girau do Ponciano, Igaci, Igreja Nova, ,Inhapi, Maribondo, Mata Grande, Matriz do Camaragibe, Olho D’Água das Flores, Olho D´´Agua do Casado, Pão de Açúcar, Piaçabuçu, Porto Calvo, Santa Luzia do Norte, Santana do Mundaú, São Sebastião, Taquarana e Viçosa registraram 1 homicídio, cada.

Um dado relevante é que mais da metade dos municípios alagoanos – 63, ao todo – não registraram homicídios em abril.

Precisão

A diretora do Deinfo, delegada Lucy Mônica, garante que esta estatística revela dados precisos sobre os números de crimes de homicídio no Estado porque se baseia no confronto entre levantamentos realizados por diversas fontes que, se tomadas isoladamente podem apresentar possíveis distorções. Segundo ela, o Deinfo tem como fontes os dados levantados pelos institutos médico-legais (IMLs) de Maceió e Arapiraca, as coordenadorias de emergência de Maceió e Arapiraca, o Sistema de Serviços Policiais (Sispol), e os inquéritos policiais instaurados em todas as delegacias de polícia de Alagoas.

A delegada cita casos, até curiosos, que podem alterar a segurança de uma estatística que tome por base, isoladamente, uma única fonte. “Se uma pessoa é baleada, por exemplo, em Santana do Mundaú, e morre na unidade de emergência de Maceió, sua morte será registrada no IML como ocorrida no Trapiche da Barra onde se localiza o hospital. Como muitas pessoas vítimas de crime morrem ali, o Trapiche sempre apareceria como líder no número de assassinatos em Maceió, o que não é verdade”, explica.

Muitas mortes, segundo ela, também aparecem num primeiro momento como suicídio, no entanto quando confrontadas com os dados fornecidos pelas delegacias de polícia constata-se que na verdade houve homicídio e até foi aberto inquérito para a devida apuração.

A delegada informou ainda que, a partir de agora, o Deinfo vai divulgar as estatísticas referentes aos casos de homicídios em Alagoas todos os meses.

Fonte: Assessoria da PC



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