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22/04/2008 00:00:00

Saúde


Saúde

De 01 de janeiro até o último dia 5 foram notificados em Alagoas 2.305 casos de dengue, sendo 96 da forma grave da doença, um óbito confirmado em Maceió e 12 mortes suspeitas. O número de notificações já é cerca de 100% maior em relação ao registrado no mesmo período do ano passado. Segundo Isolda Lima, responsável pela vigilância do controle da dengue da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), os dados não significam que se adoeceu mais de dengue no estado e sim, que uma maior quantidade de casos foi identificada como sendo a doença.

 Ela observa que o número reflete que os médicos estão mais preparados para diagnosticar a enfermidade, resultado de cursos de capacitação.

“Se os médicos estão mais aptos é normal que nós tenhamos mais conhecimento sobre casos. Quando os profissionais não foram capacitados para isso, muita gente pode ter dengue, mas se isso não foi comprovado, não entravam nas estatísticas de dengue. Mais casos notificados não significa que tivemos mais pessoas com a doença, são coisas diferentes”, afirmou Isolda.

Apesar de não ter havido um alto registro do aumento de pessoas infectadas em Alagoas, Isolda diz que a situação é preocupante, daí o empenho para se prevenir antes de um possível surto acontecer. Ela alerta que é importante não apenas fazer o combate à proliferação do mosquito transmissor da doença, mas também realizar a atenção básica aos pacientes de forma adequada.

“As pessoas falam muito na situação do Rio de Janeiro, mas lá, é preciso observar que a coisa é muito desestruturada. Temos que nos antecipar antes da coisa estourar e é isso que estamos fazendo. Com essas ações pontuais, é muito mais fácil de se ter um controle. No Rio, a gente já sabia como a coisa funcionava. Sabíamos que a coisa ia acontecer mais dia menos dia”, observou Isolda.

O controle e monitoramento dos 102 municípios alagoanos é feito com base em dados coletas e centralizados na Sesau, esses números, inclusive, ficam à disposição da população na página do órgão na Internet. A Secretaria inclusive elaborou um plano, no mês de março, listando as ações a serem desenvolvidas e as cidades onde há maior probabilidade da infestação do mosquito.

“Nós temos uns municípios que chamamos de prioritários, como Maceió e os da região metropolitana, Maragogi, Palmeira, Delmiro Gouveia e outros. Como falei são prioritários, mas em todos os m102 são desenvolvidas ações e tomadas providências para que não tenhamos problemas no futuro”, colocou Isolda.
                                               
Nenhum mosquito
 

As cidades de Mar Vermelho e Pindoba estão, há dois anos, sem registrar a incidência do mosquito. Em contrapartida, 19 municípios estão no Programa Nacional de Combate à Dengue do Ministério da Saúde. As localidades são consideradas prioritárias, juntamente com outras cidades do Brasil, na luta contra a doença.

“Temos que lutar para diminuir cada vez mais esses números”, alertou Isolda Lima. Ela orientou a população a procurar os postos de saúde assim que sentirem os sintomas da doença. Isolda frisou que apenas os pacientes com a dengue grave, que deve ser diagnosticada por um médico, devem ser encaminhados para o Hospital Hélvio Auto, referência no tratamento da dengue. “Não adianta as pessoas irem para lá. Só quem vai é quem médico verificar que está com a doença em seu estado mais grave. Se todas as pessoas procurarem aquela unidade hospitalar, vai gerar super lotação”, afirmou ela.

com alemtemporeal.com.br // teresa cristina



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