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07/04/2008 00:00:00

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A movimentação na feira de Caruaru, em Pernambuco, começa muito antes do sol nascer. São mais de 30 mil barracas, 100 mil compradores por semana e muito dinheiro que a feira movimenta. São quase R$ 40 milhões por mês.

Em meio a tanta agitação, os comerciantes nem percebem, mas muitas dessas notas que circulam em Caruaru não têm nenhum valor. É dinheiro falso que passa de mão em mão com facilidade.

É raro o dia em que o feirante volta para casa sem uma nota falsa no bolso. "Já aconteceu várias vezes, geralmente de R$ 20", afirmou um feirante.

No corre-corre dos negócios, é quase impossível perceber a diferença. "Fiz uma compra no valor de R$ 20, aí me deram R$ 30 de troco e R$ 10 vinham falsos no meio", disse uma consumidora.

De 2007 até agora, foram instaurados em Pernambuco 79 inquéritos para apurar a falsificação de moedas, sendo 22 deles só em Caruaru. A Polícia Federal admite a dificuldade de investigar os crimes. É que os feirantes preferem se desfazer das notas em vez de procurar a polícia.

"Quando uma pessoa está na posse de uma moeda falsa, ela tem a plena liberdade de vir até a Polícia Federal e entregar essa moeda falsa. O que ela não pode é fazer a circulação", disse o delegado da PF Carlos Aldair Medeiros.

O Banco Central retira de circulação em Pernambuco quase 2,5 mil cédulas falsificadas por mês. São quase R$ 100 mil em notas de R$ 50 e R$ 10, que são repassadas de forma irregular.

O primeiro passo para reconhecer a falsificação, de acordo com os técnicos, é observar a marca d'água. A impressão falsa é grosseira. Tem ainda o desenho das armas nacionais, que fica no lado direito. Ele deve sempre coincidir com a impressão do lado oposto. São orientações que os feirantes não querem esquecer.

Fonte: G1



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