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01/03/2008 00:00:00

Justiça


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O juiz da 17ª Vara Criminal, Maurício Breda, rebateu – na manhã de hoje, em rápida entrevista pelo telefone – as acusações feitas pelo deputado estadual Cícero Ferro (PMN). Ferro é apontado como autor intelectual da morte do vereador por Delmiro Gouveia, Fernando Aldo.

Ferro que era considerado foragido pela Justiça, compareceu ao depoimento da 17ª Vara Criminal na manhã de ontem, após um habeas corpus concedido pela Justiça. Durante o depoimento, o parlamentar teve a prisão decretada e foi levado para o Quartel do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas. Porém, no final do dia foi liberado por decisão do desembargador Orlando Manso.

Na saída, Ferro disse que está sendo vítima de um plano para incriminá-lo e citou nominalmente o delegado-geral de Polícia Civil, Carlos Alberto Reis, e o juiz Maurício Breda, afirmando que os dois teriam coagido testemunhas.

O juiz Maurício Breda evitou polemizar o assunto e disse apenas que o deputado estava enganado, já que ele ingressou na 17ª Vara Criminal apenas em janeiro. Ou seja, o processo contra Ferro já estava sendo conduzido, uma vez que Ferro apareceu no inquérito e foi denunciado em dezembro do ano passado.

“É só isto que eu tenho a falar. Eu não era nem da 17ª Vara Criminal”, colocou Maurício Breda. O parlamentar Cícero Ferro insiste em afirmar que há um plano em andamento contra ele e que vai trabalhar para provar sua inocência e descobrir que está querendo incriminá-lo. “Todas as providências legais serão tomadas contra as arbitrariedades cometidas por alguns juízes e todas as mentiras plantadas no meu processo, tenho certeza, serão esclarecidas, ponto a ponto”, sentenciou o deputado.

Além do processo criminal onde é apontado como autor intelectual da morte de Fernando Aldo, Ferro é ainda um dos 12 deputados estaduais indiciados pela Polícia Federal, como suposto envolvido em uma organização criminosa que teria desviado mais de R$ 280 milhões dos cofres da Assembléia Legislativa de Alagoas. O parlamentar responde também por porte ilegal de arma.

O Alagoas 24 Horas entrevistou ainda o juiz Braga Neto, que ouviu as testemunhas do caso Cícero Ferro. Braga Neto confirmou que Maurício Breda não participou dos depoimentos. “O juiz Maurício Breda sequer se encontrava na 17ª Vara Criminal. Ele chegou lá em janeiro. Tudo ocorreu em dezembro”, salientou.

Quanto à denúncia de coação de testemunhas, o juiz afirma que “nenhum magistrado ouve testemunha sob coação”. “As testemunhas foram ouvidas com a presença do Ministério Público e dos advogados. Não havia sequer policiais na sala”, finalizou.

Outro que foi citado nominalmente por Ferro, foi o delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Carlos Alberto Reis. O Alagoas 24 Horas tentou contato com ele por telefone, mas não obteve êxito. Nossa equipe de reportagem ainda tenta ouvir o delegado.

com alagoas24horas.com.br // luis vilar



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