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Alagoas
31/10/2012 10:45:29

Lifal atrasa salários de servidores e há 5 meses não produz remédios


Lifal atrasa salários de servidores e há 5 meses não produz remédios
Lifal parado: Alagoas sem remédios

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Laboratório Farmacêutico de Alagoas (Lifal) passa por grandes dificuldades financeiras. Sem pedidos, a produção de medicamentos foi interrompida há cinco meses. E para completar, os pagamentos dos salários de todos os funcionários estão atrasados há dois meses.

 

Segundo o diretor do Lifal, Domício Arruda, o problema foi ocasionado pela diminuição dos pedidos de produção de medicamentos por seu maior cliente, o Ministério da Saúde, que preferiu adquirir os remédios de outro laboratório localizado em Pernambuco, o Lafepe. “A compra de medicamentos feita pelo Ministério da Saúde foi muito pequena. O último pedido foi feito em maio. Como ele é o nosso principal cliente tivemos que interromper a produção, pois não temos para quem vender”, explicou o diretor, que nos próximos dias vai se reunir com representantes do governo federal para rever os contratos com Ministério da Saúde para o ano de 2013.


 

Domício Arruda admitiu que os salários dos 85 funcionários, que vão desde auxiliares administrativos a farmacêuticos, estão atrasados. Para contornar a situação, o diretor do Lifal solicitou do governo estadual uma ajuda financeira de R$ 4 milhões para quitar a dívida com seus trabalhadores.

 

“O projeto de lei que autoriza que o governo estadual repasse o valor para o Lifal já está na Assembleia Legislativa. Acredito que até a próxima semana receberemos esse aumento de capital”, disse Arruda.

 

Os funcionários, entretanto, dizem que não são apenas os salários que estão atrasados, mas também o repasse mensal de cestas básicas, pagamentos de planos de saúde e encargos sociais.

 

“Como não há o que fazer no laboratório, que não está produzindo nada, os funcionários estão de licença, em casa, e sem saber o que fazer para quitar suas dívidas e comprar o que é necessário para sobrevivência de suas famílias. Vamos nos reunir e decidir o que fazer”, disse Paulo Roberto, membro do Sindpetro (Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estados de Alagoas e Sergipe).

 

O sindicato questiona que o motivo para as dificuldades financeiras do Lifal seja apenas a diminuição de pedidos do Ministério da Saúde. “É uma questão extremamente complicada. Mas, o que podemos dizer é alguns dos motivos que explicam a atual situação do Lifal é que desde a gestão de Ronaldo Lessa foram feitos vários contratos indevidos, além de superfaturamentos”, denunciou Paulo Roberto.

 

O presidente do Lifal, Domicio Arruda, que ocupa o cargo há dez meses, preferiu não falar sobre o que aconteceu antes de sua gestão.



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