Cultura

Desde fevereiro do ano passado, a administração do Teatro Deodoro vem tentando reformar o telhado e o forro da quase centenária casa de espetáculos de Alagoas. Mas há 12 meses o processo da obra orçada em R$ 325 mil está parado na burocracia estatal.

Só agora, a Procuradoria Geral do Estado desatou os nós, aprovou a licitação em caráter emergencial e os trabalhos devem começar em março. O governo garante que não irá faltar dinheiro para a empreitada e, segundo o cronograma da Diteal, a primeira parte da reforma deve estar pronta até o final de maio.

“Vamos priorizar as áreas da caixa cênica, palco e platéia para reabrir o teatro aos espetáculos locais e nacionais. Também temos que evitar o período chuvoso, que pode inviabilizar os trabalhos”, diz Alexandre Holanda, diretor artístico do teatro.

Prejuízos

De acordo com ele, projetos como o Teatro Deodoro é o Maior Barato só poderão ser realizados depois da conclusão da obra. “Vamos correr para diminuir o prejuízo causado a classe artística e, principalmente, a população durante todos estes meses em que o teatro está fechado”.

Alexandre Holanda explica que, com recursos do próprio teatro, foram cumpridas todos os reparos exigidos pelo Corpo de Bombeiros e Defesa Civil nas vistorias realizadas no final do ano passado. Já estão prontos o reboco da fachada externa do prédio e da caixa cênica, além da manutenção do sistema contra incêndio. Ainda no ano passado, foram reformadas o foyer, bilheteria, Café Linda Mascarenhas e as salas próximas ao Salão Nobre Heckel Tavares.

Mesmo não havendo risco de desabamento do telhado, o presidente da Diteal, Juarez Gomes de Barros, prefere não arriscar e só reabre o Deodoro quando os trabalhos forem concluídos. “Não há como conservar um prédio deste tamanho sem os reparos necessários. Para isso, a nossa proposta é fecharmos todos os anos os teatros Deodoro e de Arena, por três meses, para que se reavalie a estrutura física dos prédios”, defende Juarez.

com tudonahora.com.br // roberto amorim