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O clima tenso, a insegurança e os conflitos entre dois grupos políticos, na cidade de Feira Grande, na Região Metropolitana do Agreste, acabaram gerando um fato inusitado na política.
Imagine um município onde apenas um candidato pode fazer a campanha na rua de cada vez. Isso mesmo, as intrigas políticas, mesmo entre parentes de primeiro grau, acabaram resultando na decisão do juiz Rômulo Vasconcelos de Albuquerque, da 55a Zona Eleitoral, a decidir que os carros de som e/ou as caminhadas só podem ser realizadas com um candidato por dia, na forma de rodízio.
Tudo por conta dos candidatos (e correligionários) de Dário Roberto (PSD) e Veridiano Almir (PMDB) que não podem se encontrar - confusões e trocas de farpas e tapas já foram registradas. Lá, o processo democrático da eleição não existe para estas duas candidaturas, ao ponto do magistrado ter que tomar a decisão de instituir o rodízio da campanha eleitoral móvel.
Nesta quarta-feira, por exemplo, apenas a campanha da candidata Lucia Lira (PT), que iniciou a campanha no último domingo, está nas ruas. Carros de som de candidatos a vereador também só podem circular hoje se estiverem apoiando a candidata do PT; nesta quinta-feira será a vez da campanha do candidato Veridiano Almir (PMDB) e os vereadores de partidos coligados; já na sexta-feira será a vez de Dário Roberto (PSD). Até agora, nenhum fato ligado à violência foi registrado envolvendo a candidata Lúcia Lira ou com pessoas que apoiam seu nome.
A 55a Zona Eleitoral compreende os municípios de Lagoa da Canoa, Feira Grande e parte de Arapiraca.
