SIGA NOSSO:
gazetaweb //
Os socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) vão parar as atividades a partir das 7h da próxima quinta-feira, segundo informou Sandro Monteiro, do Sindicato dos Servidores do Samu (Sinsamu) em Alagoas. Segundo o condutor socorrista, o não pagamento da denominada gratificação de risco, que integra a pauta de reivindicações apresentada ao governo estadual, seria o estopim para a tomada da decisão.
Mês passado, os servidores estiveram reunidos em ato público na orla marítima de Maceió, com o objetivo de sensibilizar população e autoridades quanto à 'situação precária' em que se encontra o serviço de urgência no Estado. Já em maio deste ano - quando o sindicato já denunciava problemas como a deterioração da frota -, a Justiça chegou a proibir os trabalhadores de entrarem em greve, sob pena de pagamento de multa diária no valor de R$ 10 mil imposta ao Sinsamu.
"Não mais podemos permanecer nesta situação, arriscando as nossas vidas e as dos pacientes que transportamos em viaturas velhas. Foi também por isso que resolvemos solicitar intervenção pelo Ministério da Saúde, já que a negociação com o governo estadual não avança", explicou Sandro Monteiro, sobre o serviço que recebe - somente para as centrais em Maceió e na cidade de Arapiraca - 2.500 ligações por dia.
No último mês de julho, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) emitiu nota sobre as reivindicações, garantindo, por exemplo, repor as ambulâncias que apresentam problemas por viaturas reservas, dispondo de um Veículo de Transporte Rápido (VTR) para dar suporte às ocorrências 'de grande proporção'.
À época, a Sesau também assegurou manter aberto o diálogo com os servidores do Samu, já tendo atendido a maioria das reivindicações, a exemplo da atualização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Já sobre as viaturas, a Secretaria de Saúde revelou que a União deverá enviar a Alagoas, até outubro, 14 novas ambulâncias.
A assessoria de comunicação do Samu, por sua vez, informou ainda não ter sido comunicada oficialmente da decisão dos servidores, cujo pagamento da referida gratificação, de 100%, ainda seria alvo de estudo de impacto financeiro pela Sesau.
