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Brasil
13/08/2012 10:43:14

Onda de greves paralisa 350 mil servidores e afeta serviços em AL


Onda de greves paralisa 350 mil servidores e afeta serviços em AL
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luciana martins

 

Já são 350 mil servidores públicos federais em greve, sendo que, em Alagoas, desse total parcial, ao menos 3.630 são funcionários de três instituições paralisadas: Universidade Federal (Ufal), Instituto Federal de Alagoas (Ifal) e Polícia Federal (PF).

 

O movimento se avolumou nos últimos dias diante da inércia do governo que tem retardado a iniciativa de negociar com as categorias que exigem reposições salariais.

 

Aqui, a Universidade Federal já contabiliza 85 dias de paralisação e agora a ideia do movimento é paralisar todas as unidades acadêmicas que ainda estão em funcionamento.

 

Para o professor Márcio Barboza, presidente em exercício da Adufal, o governo deu por encerrado o processo de negociação com um sindicato que representa apenas sete universidades, enquanto as demais 52 universidades permanecem sem ter o seu pleito atendido, incluindo a UFAL.

 

Em reunião com o reitor da UFAL, Eurico Lobo, a diretoria da Adufal pediu a ele que levasse a Brasília o posicionamento do comando local de greve em prosseguir com as negociações.


O Instituto Federal de Alagoas (IFAL) está sem aula há quase 30 dias. Cerca de cinco mil alunos estão parados. A greve atinge todas as 11 unidades de ensino no Estado, uma vez que a paralisação é dos professores e técnicos administrativos.

Na IFAL os grevistas pedem uma política salarial permanente com reposição inflacionária, valorização do salário-base e incorporações de gratificações bem como reposição salarial emergencial de 22,08%. Os professores pedem o direcionamento de 10% do PIB para educação, paridade entre ativos aposentados e pensionistas e a correção dos valores de benefícios sociais – auxílios: transporte, alimentação e pré-escolar.

 

A categoria mais recente dos servidores públicos que também aderiu ao movimento grevista foi a Polícia Federal. No último dia 07 os policiais federais paralisaram suas atividades e Alagoas acompanhou o movimento nacional.

 

Os policiais federais brigam por mais investimentos na instituição, reestruturação na carreira dos policiais, em especial dos agentes, escrivães e papiloscopistas que estão inseridos na categoria de nível superior, no entanto, o salário inicial é referente aos de profissionais de nível médio – cerca de R$ 7.700,00 onde o correto seria R$ 12 mil.

 

Em Alagoas o único serviço que está totalmente paralisado é o de investigação. O presidente do Sindicato dos Policiais Federais, Tomé Cavalcante, explicou que a emissão de passaporte, fiscalização de produtos químicos, registro de porte de arma e atendimento de estrangeiros e imigração continuam funcionado conforme a exigência legal de 30% dos serviços.

 

Já os Policiais Rodoviários Federais em Alagoas realizaram na quinta-feira, 09, abordagens a veículos e vistorias rigorosas em estradas estaduais com a finalidade de explicar aos condutores as reivindicações da categoria que é a reestruturação da carreira, ampliação do efetivo com mais concursos e manutenção da aposentadoria com salário da ativa.

 

O sindicato dos Policiais Rodoviários Federais em Alagoas (Sinprf/AL) realiza nesta segunda-feira (13) assembleia extraordinária para decidir se a categoria deflagra greve.

 

A Central Única dos Trabalhadores em Alagoas (CUT/AL) aponta que o movimento grevista que já está forte pode ganhar novas adesões até que o governo apresente uma contraproposta que atenda as reais necessidades dos trabalhadores e da sociedade em geral.

 

Conforme Amélia Fernandes, presidenta da CUT/AL, o governo vem adotando medidas duras para enfraquecer o movimento, como o decreto anti-greve e o corte de dias parados nos salários. "Essas medidas só contribuíram para aumentar o conflito e colocar os trabalhadores em posição de embate. Nossa resposta terá que ser firme e vamos fortalecer a greve junto com as entidades que representam os funcionários públicos federais".

 

Ela revela ainda que a CUT nacional entrará na justiça com Ação de Inconstitucionalidade contra o decreto presidencial nº 7.777, que prevê a substituição dos servidores públicos federais em greve, por servidores estaduais e municipais. “Esse decreto fere o direito legítimo de greve e abre um precedente perigoso, que poderá enfraquecer a luta dos próprios servidores estaduais e municipais”.

 

Com tantos serviços parados em todo o país, o governo se viu acuado e está analisando o espaço orçamentário para atender o pleito das categorias. Segundo o Ministério do Planejamento, a partir desta semana começam as rodadas de negociações com os sindicatos de cada categoria.

 



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