“Moto não é um veículo perigoso. Perigosa é a forma como alguns a conduzem”, afirma médico da UE

Ao ser questionado sobre a grande quantidade de pacientes que dão entrada vítimas de acidentes motociclísticos na Unidade de Emergência do Agreste, o diretor-médico daquela unidade hospitalar, Celso Marcos, foi duro ao comentar a forma imprudente e irresponsável de pilotar adotada por muitos motociclistas.

“Se utilizada da forma correta, moto não é um veículo perigoso. Perigosa é a forma como alguns a conduzem”, criticou o médico, que completou: “A coisa mais fácil é presenciar motociclistas sem capacete, pilotando pela contramão, por cima de calçadas e carregando duas, três e até quatro pessoas. Na minha opinião, boa parte dos acidentes são causados pela imprudência”, afirmou.

O médico ficou surpreso com os números divulgados pela Unidade de Emergência do Agreste, que mostra um aumento gradativo, registrado nos últimos três anos, de pacientes que deram entrada vitimas de acidentes motociclísticos. Em 2010, a UE do Agreste atendeu 7.463 pacientes vítimas deste tipo de acidente. Em 2011 esse número subiu para 8.574 e somente nos seis primeiros meses deste ano, já deram entrada 5.090 pacientes.

Outra preocupação de Celso Marques está relacionada com as motonetas, mais conhecidas como “cinquentinhas” que, segundo ele, circulam sem qualquer tipo de restrição. Na última quarta-feira (8), um garoto de 16 anos morreu no bairro Verdes Campos, após colidir com um veículo e cair debaixo da roda de um caminhão que vinha no sentido contrário. “Esse tipo de veículo está sendo comercializado sem critério algum. Menores de idade e pessoas com pouca habilidade estão tomando as ruas e fazendo mais vítimas, isso é, quando eles mesmos não se tornam as próprias vítimas”, finalizou o médico.
 

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adalberto custódio