Tecnologia

A curiosidade atraiu agricultores e toda a comunidade. “Vu fazer o fogão, vou aprender e passar para os outros”, garante a dona de casa Nair Santos.

É muito simples de fazer: bastam papelão, papel alumínio, um pedaço de metal e outro de vidro. Corte o metal e o vidro no mesmo tamanho e monte uma caixa.

Para funcionar, a caixa precisa estar voltada para o sol. O processo é o mesmo do efeito estufa. “A luz entra através do vidro, incide sobre a superfície metálica pintada de preto e se transforma em calor. O calor armazenado dentro da caixa atinge temperaturas que possibilitam cozinhar praticamente todos os alimentos”, explica o diretor de engenharia Paulo Mário Machado Araújo.

O tempo de preparo dos alimentos é três vezes maior do que no fogão tradicional – um dia ensolarado ajuda. O preço compensa: o gasto com material não chega a R$ 30. “Eu achava que tinha que colocar água, mas não. É a um cozimento perfeito, estou feliz com a nova experiência”, diz a dona de casa Miriam da Rocha.

É possível preparar qualquer tipo de cardápio de forma mais saudável. “Como a gente usa menos água do que no fogão normal e a panela fica tampada, temos menos perdas dos nutrientes”, afirma a nutricionista Teresa Andres.

As donas de casa que já utilizam o fogão solar descobriram outras vantagens; como o fogão não atinge altas temperaturas, os alimentos nunca queimam. “Você pode limpar a casa, ir se arrumar, que não queima nada”, conta uma delas. “Antes eu ficava com cheiro de fumaça, agora continuo cheirosa!”.

Fonte: Jornal Hoje