Feira da Fraternidade beneficia população carente em Maceió

O resgate da cidadania através da relação entre compra e venda. A Feira da Fraternidade chega a sua 33º edição trazendo uma quantidade considerável de roupas, calçados e cestas básicas, vendidos a preços simbólicos por voluntários de paróquias que compõem a Arquidiocese de Maceió. A feira teve início na manhã quarta-feira (09) - quando mais de mil pessoas compareceram ao Colégio Cenecista Jorge Assunção – e se estende até esta sexta (11), das 08h às 17h.

Diana Brito, membro da coordenação das obras assistenciais da Arquidiocese, destaca a importância da feira da pechincha, que busca exaltar valores como os sentimentos de doação e generosidade, pregados pela Igreja Católica. “É importante que se desenvolva esse tipo de trabalho porque, com ele, ofertamos ao simples comprador a oportunidade de resgate à cidadania e autoestima. Ou seja, aqui ele se sente à vontade para comprar, sabendo que pode adquirir o utensílio”, afirmou Diana, ao ressaltar que os preços variam de R$ 1,00 a R$ 20,00. Uma calça, por exemplo, chega a custar R$ 5,00; bermuda, R$ 3,00; blusa, R$ 3,00; e bijouteria, R$ 0,50. Já a cesta básica sai por R$ 15,00, segundo a voluntária.

Ainda de acordo com Diana, o trabalho de doação teve início em março, nas paróquias de Maceió, colégios e estádios de futebol, de onde as equipes saem carregadas com roupas, alimentos e produtos de limpeza para a Catedral Metropolitana de Maceió, no Centro. Por fim, é feito um cronograma da feira, bem como da distribuição dos donativos.

A autônoma Adriana Paula dos Santos saiu do Vergel do Lago, logo cedo, em busca de roupas e calçados para ela e seus filhos. “Preço igual a esse eu não encontro em canto nenhum. É uma grande oportunidade que a igreja nos dá”, disse.

Alfredo Leite, morador do Jacintinho, já tinha ido à feira nessa quarta, quando levou alimentos para casa. “Vim de novo e vou levar mais coisas porque isso aqui é muito bom e todos só têm a ganhar. Afinal, muitas pessoas passam necessidade e não conseguem comprar em outro lugar”, afirmou o ambulante.

’Via de mão dupla’

Diana Brito ressaltou, ainda, que a Feira da Fraternidade é uma “via de mão dupla”, lembrando que o dinheiro apurado nas compras é revertido para casas de assistência, como a Fazenda da Esperança, situada em Marechal Deodoro. A Casa do Servo Sofredor, em Bebedouro, além de albergues da capital, também são beneficiados, assim como a Casa Bethânia, no Tabuleiro do Martins; o Projeto Juvenópolis, em Bebedouro; e a Casa da Criança com Câncer, que será instalada nas proximidades da Igreja Nossa Senhora Mãe do Povo, em Jaraguá.

“Ajudamos o consumidor, devido ao preço acessível, e todo o dinheiro arrecadado acaba servindo para ajudar aqueles que passam necessidades. É uma iniciativa que tem dado certo graças ao apoio da população, de voluntários que nos ajudam com as vendas. O Exército, a Polícia Militar e do padre Celso Alípio também são responsáveis por isso", emendou Diana, destacando ainda que a Casa da Criança, que vai abrir em breve, receberá crianças vindas do interior e que precisam ser submetidas a tratamento de quimioterapia.

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