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09/05/2012 23:38:59

União dos Palmares está entre os 200 municípios mais violentos do Brasil


União dos Palmares está entre os 200 municípios mais violentos do Brasil
Ilustração

Dos 200 municípios mais violentos do país, 18 estão em Alagoas, e o Estado continua em primeiro lugar no Brasil no ranking de homicídios. A capital, Maceió, ocupa a primeira posição no ranking de homicídios do Brasil entre as capitais, com 109,9 mortes por 100 mil habitantes. É o que aponta o Mapa da Violência 2012, do Instituto Sangari, divulgado ontem.

 

Todos os municípios listados entre os mais violentos têm mais de 10 mil habitantes. Os 18 alagoanos são: Maceió, Arapiraca, Pilar, Messias, Marechal, São Sebastião, Teotônio Vilela, São Miguel dos Campos, União dos Palmares, Joaquim Gomes, Rio Largo, Piranhas, Flexeiras, São José da Lage, Paripueira, Branquinha, Penedo e Coruripe.

 

Pela quinta vez consecutiva Alagoas é apontado como o Estado mais violento do Brasil, com uma taxa de 66,8 assassinatos por 100 mil habitantes em 2010, quase três vezes mais que a média nacional, que é de 26,2 assassinatos.

 

De acordo com o Mapa da Violência 2012, referente ao ano de 2010, os piores índices de violência não param por aí no Estado. Alagoas também é apontado como o primeiro lugar no país em homicídios de negros e jovens de 15 a 24 anos, com 84,9 e 150,4 mortes a cada 100 mil habitantes, respectivamente. Alagoas é o segundo em assassinatos de mulheres com 8,3 homicídios para 100 mil, perdendo apenas para o Espírito Santo, que registrou 9,4 mortes em 2010.

 

Para Alberto Jorge Ferreira dos Santos, presidente da Comissão de Defesa das Minorias Éticas e Sociais da OAB/AL, os assassinatos de negros se dão pela exclusão social em Alagoas. De acordo com ele, 70% da população que vive em grotas, favelas e regiões mais miseráveis são negros.

 

“Faltam políticas públicas voltadas para a classe que é tão marginalizada onde, ao invés da educação, predomina as drogas, e ao invés da socialização os roubos e os homicídios”, diz.

O presidente aponta dois fatores que contribuem para o aumento da violência contra a mulher: o silêncio das violentadas, gerando a impunidade, e a falta de conscientização em relação aos seus direitos e deveres.


tribunahoje //

andrezza tavares



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