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14/01/2008 00:00:00

Saúde


Saúde
Os números de casos de dengue em Alagoas bateu recordes em 2007. Segundo dados parciais da Secretaria de Saúde do Estado, 12.500 casos foram notificados no último ano, com pelo menos 8.592 já confirmados. Até a última sexta-feira, 11, foram 2.201 casos que seguem em investigação, com 1.770 descartados. Esses números ainda vão sofrer alteração a medida que os casos sejam confirmados ou não em exames laboratoriais.

Depois de três anos com maior controle, o avanço da dengue foi marcante no estado em 2007, registrando o maior número de casos desta década. O número de notificações chega a ser três vezes maior que o registrado em 2006 e 2005, que marcaram 4.635 e 3.745 casos registrados, respectivamente. Em 2004, foram 6.606 notificações e, em 2003, 9.997.

MAIOR INCIDÊNCIA
Desde o mês de março, o número de casos vem crescendo significativamente em Alagoas. Em fevereiro, por exemplo, foram registrados 315 casos da doença, saltando para 856 no mês seguinte. Em junho, esse número já era de 1.634, chegando ao ápice em julho, com 2.100 casos. Em dezembro, esse número caiu: 341.

O município de Maceió foi o que mais registrou casos, com 5.112 notificações (40,9% do total) no ano passado. Mesmo tendo metade dos casos do estado, a cidade não está inclusa na lista de cidades com maior risco, já que a proporção de pessoas que adoecera não foi tão grande. Segundo classificação da Sesau, sete municípios apresentam alto risco no mapa alagoano. São eles: Delmiro Gouveia, São José da Tapera, Senador Rui Palmeira, Olho D'Água das Flores, Monteiropolis, Batalha e Campo Alegre.

Além desses, mais alguns municípios são incluídos como prioritários, principalmente por conta de sua população. Entre eles estão Maceió, Arapiraca, Delmiro Gouveia, Rio Largo, Penedo e União dos Palamares.
Segundo a diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria, Cleide Moreira, o número de casos cresceu nos municípios onde a doença parecia estar mais sob controle. "Nas cidades de alto risco e maior atenção de nossa parte conseguimos um melhor índice de controle da doença. Estamos reavaliando esse cenário para tomarmos outras medidas", explica.

Para Moreira, outro fator agravante - esse principalmente na capital - é o não-acesso dos agentes de saúde às casas e apartamentos para fazer o trabalho preventivo. "Esse tem sido outro fator que dificulta, pois a dengue é combatida por meio da prevenção", relata.

MORTES
Assim como o número de casos de dengue cresceu em 2007, o número de casos graves também vem crescendo em ritmo acelerado no estado. No ano passado, o número de casos graves da doença alcançou 500 - o maior número dos últimos anos, e que resultaram em 12 mortes. Desses casos, 208 foram confirmados, oito descartados e 284 seguem sob investigação das autoridades sanitárias.

Desses casos, a grande maioria foi registrado em Maceió. Ao todo, só Maceió teve o registro de 403 casos. Flexeiras registrou o segundo maior número de casos (oito), seguido por Pilar (sete).

"Esse aumento no número de casos graves de dengue é preocupante. Temos três tipos de vírus circulante hoje no estado. Vamos tentar reverter esse quadro", revela Cleide Moreira.

Sesau pede reforço de vacina conta a febre amarela no estado
A Secretaria de Saúde do Estado solicitou reforço no número de vacinas contra a febre amarela para alagoanos e turistas que vão voltar para áreas de risco. De acordo com a diretora epidemiológica da Sesau, Cleide Moreira, a cota mensal do estado de vacinas é de 1,5 mil doses, número que pode dobrar. "Já fizemos a solicitação ao Ministério e acredito que teremos uma resposta positiva", explica.

Mesmo com o alerta geral em todo o País, ela avisa que, até o momento, não faltou vacina no estado. Em Maceió, a vacina está disponível nas unidades de saúde Osvaldo Brandão Vilela (Ponta da Terra), São Vicente de Paulo (Pinheiro), José Araújo Silva (Jacintinho) e Tereza Barbosa (Conjunto Eustáquio Gomes), o I Centro de Saúde (Praça das Graças), Cohab Jacintinho, PAM Bebedouro e II Centro de Saúde (Praça da Maravilha).

Segundo Cleide, deve tomar a vacina quem vai viajar para áreas de risco da febre amarela, entre elas a região Norte, Sul, e algumas áreas da região Sudeste e da Bahia. "Recomendamos que as pessoas se vacinem com dez dias de antecedência para criar as defesas necessárias e assim não contrair a doença caso tenha contato", diz.

A vacina contra febre amarela é contra-indicada em crianças com menos de seis meses de idade; para pessoas com imunodepressão transitória ou permanente, induzida por doenças (neoplasias, Aids e infecção pelo HIV com comprometimento da imunidade) ou pelo tratamento (drogas imunossupressoras).

com primeiraedição.com.br // Carlos Madeiro | Editor Executivo


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