Nada mais contra as leis da natureza do que uma mãe enterrar seu próprio filho.
Engolindo em seco, a dona Maria Helena Santos viu sua prole partir, na tarde desta sexta-feira (27), em São Miguel dos Campos.
O desempregado José Nivaldo Santos Moraes, de 26 anos, estava há 20 dias sem trabalhar e aproveitou o tempo vago para sair com mais dois amigos, logo pelo manhã.
Sua mãe, quase que pressentindo algo, pediu para que o filho ficasse em casa.
Ele, que era trabalhador rural em uma usina da reigão, foi com os companheiros até o loteamento Hélio Jatobá I.
O que se sabe é que ‘Dão’, como era conhecido, estava bebendo com eles quando homens armados surgiram de repente e deflagraram diversos disparos contra ele.
José Nivaldo levou três tiros, no tórax e nos braços, e ainda tentou fugir pelas ruas do loteamento.
Os amigos dele correram em direção oposta e não ficaram feridos.
Em corrida pela vida, ‘Dão’ chegou a entrar no loteamento Hélio Jatobá II, mas caiu por conta dos graves ferimentos. Um rastro de sangue formou-se na extensão da calçada e, pisando nele, os algozes, que deram o ‘tiro de misericórdia’, à queima-roupa.
Os executores, como trabalho ‘finalizado’, fugiram e tomaram destino ignorado pelos homens da 1ª Companhia Independente da Polícia Militar (PM), que fizeram rondas, mas não encontraram ninguém.
O socorro médico foi acionado, no entanto, antes da chegada do mesmo, a mãe da vítima, a dona Maria Helena chegou até o local aos prantos. O filho disse, antes de morrer: “Hoje é meu dia, mãe!”, e perdeu as forças.
O crime deve ser investigado pelos agentes do 74º Distrito Policial (DP). A polícia ainda desconhece a motivação da execução e deve colher depoimentos dos dois amigos no início da semana que vem.
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breno airan